O presidente da LaLiga, Javier Tebas, intensificou suas críticas ao Mundial de Clubes da FIFA, afirmando que seu objetivo é acabar com o torneio. Em evento na ESADE Business School, em Madri, ele questionou a relevância da competição, que ocorre de 14 de junho a 13 de julho nos Estados Unidos, com 32 equipes. “Meu objetivo é garantir que não haja mais Copa do Mundo de Clubes, isso está muito claro para mim. Não vi nenhum jogo. Bom, assisti um pouco do Chelsea ontem e pareceu um amistoso de verão. Não vi nenhuma intensidade, só uma correria, pelo menos durante os 25 minutos que assisti”, disse, referindo-se à vitória do Chelsea por 2 a 0 sobre o Los Angeles FC.
Tebas também criticou a organização do torneio, apontando a falta de datas adequadas no calendário e o impacto financeiro. “Não há datas. Não há necessidade de outra competição que transfira dinheiro para um setor de clubes e jogadores e venha de algum lugar. Não há mais dinheiro aqui. Temos que manter o ecossistema e eliminá-lo. Seguir como era antes”, afirmou. Ele argumenta que o Mundial prejudica as ligas nacionais, especialmente na Europa, ao congestionar o calendário e desvalorizar competições domésticas, como a LaLiga, que pode ter o início adiado para clubes como Real Madrid e Atlético de Madrid, únicos espanhóis no torneio.
Antes mesmo do início da competição, Tebas já havia classificado o Mundial como “completo absurdo” em entrevista à Cadena Cope, criticando a FIFA por não consultar as ligas sobre as datas e o formato expandido. Em outubro de 2024, ele chegou a pedir o cancelamento do torneio, alegando falta de apoio de ligas, sindicatos de jogadores como a FIFPRO e até de patrocinadores, além de dificuldades na venda de direitos de transmissão. “FIFA, você sabe que não vendeu os direitos audiovisuais pelo orçamento previsto. Retire esse Mundial agora”, declarou na época, em Bruxelas.
A resistência de Tebas reflete preocupações mais amplas sobre o calendário do futebol. Jogadores, como Rodri, do Manchester City, já expressaram insatisfação com a sobrecarga de jogos, mencionando a possibilidade de greves. A FIFPRO e as Ligas Europeias também entraram com uma queixa na Comissão Europeia, acusando a FIFA de práticas anticompetitivas. Apesar disso, a FIFA defende que o torneio, realizado a cada quatro anos com no máximo sete jogos, tem impacto mínimo no bem-estar dos atletas.
O embate entre Tebas e a FIFA expõe tensões sobre o futuro do futebol, com o presidente da LaLiga determinado a proteger os interesses das ligas nacionais contra o que considera uma expansão desnecessária e prejudicial.
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