Polícia Federal investiga Samir Xaud, presidente da CBF, por suposta compra de votos

Em uma operação deflagrada nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, a Polícia Federal realizou busca e apreensão na residência de Samir Xaud, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A ação, chamada Operação Caixa Preta, foi autorizada pela Justiça Eleitoral de Roraima e investiga denúncias de compra de votos nas eleições municipais de 2024. Ao todo, dez mandados foram cumpridos, com o bloqueio de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

Samir Xaud, filiado ao MDB e natural de Boa Vista, assumiu a presidência da CBF em maio de 2025, tornando-se o mais jovem a ocupar o cargo. Médico de formação, ele é filho de Zeca Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol desde 1975. Em 2022, Xaud concorreu a deputado federal, mas não foi eleito. A investigação também envolve o empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB), preso em 2024 com R$ 500 mil em espécie, parte do valor escondido na cueca. Ambos também foram alvos da operação.

A Polícia Federal esteve na sede da CBF entre 6h24 e 6h52, cumprindo ordens judiciais. Segundo a entidade, a investigação não está relacionada ao futebol, e nenhum material foi apreendido em sua sede.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.

É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações.

A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

A operação foca em um esquema que teria ocorrido durante as eleições de 2024, mas a CBF reforça que Xaud está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos.