MP recorre de decisão judicial e volta a pedir prisão do motorista de Porsche

Fernando Sastre de Andrade Filho, causou um acidente de trânsito que terminou com a morte de motorista de aplicativo
Por: Brado Jornal 03.mai.2024 às 15h44
MP recorre de decisão judicial e volta a pedir prisão do motorista de Porsche

O Ministério Público (MP) recorreu ao Tribunal de Justiça (TJ) contra a decisão da Justiça que nesta semana negou o terceiro pedido de prisão feito pela Polícia Civil contra o motorista do Porsche que causou um acidente de trânsito, deixando um morto e um ferido, no mês passado, na Zona Leste de São Paulo.

Até a última atualização desta reportagem o TJ, que representa a segunda instância da Justiça, não havia analisado a medida cautelar do MP. A Promotoria pede uma liminar contra a decisão da primeira instância da Justiça, que negou a prisão preventiva. E quer que a prisão seja decretada.

Na última terça-feira (30), o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, que é a primeira instância da Justiça, negou solicitação feita pela promotora Monique Ratton para prender preventivamente o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho.

Fernando foi o condutor do carro de luxo que bateu a 114,8 km/h na traseira do Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana em 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf. O acidente foi gravado por câmeras de segurança (veja vídeo abaixo). O limite para a via é de 50 km/h, segundo a Polícia Técnico-Científica, que fez o laudo da velocidade do Porsche.

Ornaldo morreu após a colisão. O estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo de Fernando e que estava no banco do passageiro, ficou gravemente ferido.


Prisão preventiva

A promotora havia argumentado que o empresário deveria ser preso por tempo indeterminado porque dirigia em alta velocidade e embriagado, segundo testemunhas. Fernando negou ter bebido.

O MP também alegou que uma das testemunhas, a namorada dele, foi influenciada a depor em seu favor. E que isso é uma prova de que ele descumpriu uma das medidas cautelares impostas pela Justiça que é a de não se aproximar das testemunhas do caso.

Além disso, de acordo com a denúncia, a prisão tinha de ser decretada pela Justiça porque ficou evidente pelas imagens das câmeras corporais dos PMs que Fernando teve ajuda da mãe para convencer os agentes a o liberarem sem passar pelo bafômetro, o que poderia confirmar que ele bebeu e acarretar em sua detenção em flagrante. Prejudicando desse modo a investigação.

Mas segundo o magistrado, o pedido de prisão preventiva foi negado porque não estava amparado por provas e se baseava por "presunções e temores abstratos".



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
"Receba!" Allan Jesus vence disputa judicial contra Luva de Pedreiro
Com tom de ironia, Allan Jesus usou as redes sociais para comentar a vitória e criticar Luva de Pedreiro.
Efeito Lula: desemprego avança e Brasil amarga criação pífia de vagas em março; queda de 70%
Reflete uma queda de 70,83% em relação a março de 2024, quando foram criados 245.395 postos.
Carregando..