Durante uma videoconferência realizada nesta segunda-feira (21), a detenta Adalgiza Dourado, de 65 anos, relatou ao seu advogado, Luiz Felipe Cunha, que sofreu uma queda dentro do Presídio Feminino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia. Segundo ela, o incidente causou dores intensas nas costas, ombro e quadril direito.
De acordo com o advogado, Adalgiza está em estado de depressão, demonstrando pensamentos suicidas e relatando grande sofrimento físico e emocional. Ela ainda revelou ter passado a Páscoa isolada, sem contato com familiares, o que agravou sua situação psicológica.
“Ela afirmou não ter mais forças para viver. Disse que não suporta tanto sofrimento e lamentou profundamente o abandono emocional”, contou Cunha.
O advogado também denunciou a ausência de profissionais de saúde no presídio durante o feriado prolongado. Segundo ele, quando Adalgiza buscou ajuda, foi informada de que não havia médicos ou enfermeiros de plantão, o que poderia ter resultado em consequências graves caso a queda tivesse causado uma lesão interna ou fratura.
“Essa omissão revela o completo descaso com a integridade física e psíquica dos internos da Colmeia”, afirmou o defensor.
Casos como o de Adalgiza evidenciam a vulnerabilidade de idosos em ambientes prisionais. No Brasil, quedas são uma das principais causas de hospitalização entre pessoas acima de 65 anos, podendo levar a complicações sérias e até fatais.
A defesa informou que continuará acionando instâncias nacionais e internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), denunciando as condições em que Adalgiza está sendo mantida. Também foi feito um apelo por assistência médica imediata e suporte psicológico adequado à idosa.
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