China se opõe às negociações comerciais entre EUA e Taiwan e ameaça tomar controle da ilha à força

Porta-voz chinês pede aos norte-americanos que ‘se abstenham de enviar um sinal errôneo aos separatistas’ que desejam a independência
Por: Brado Jornal 02.jun.2022 às 14h49
China se opõe às negociações comerciais entre EUA e Taiwan e ameaça tomar controle da ilha à força
Divulgação

O apoio militar fornecido a Taiwan por Joe Biden, causou um verdadeiro atrito entre a China e EUA. Nesta quinta-feira, 2, um dia após o anúncio do começo das negociações comerciais entre Washington e a ilha, os chineses expressaram mais uma vez sua oposição. “A China se opõe de modo veemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre qualquer país e Taiwan, incluindo a negociação e assinatura de um acordo econômico e comercial com conotações soberanas e caráter oficial”, disse o porta-voz do ministério do Comércio, Gao Feng, a repórteres.

Há uma semana, quando Biden anunciou apoio militar, China e Rússia mandaram caças bombardeiros com capacidade de emprego nuclear para o mar do Japão e a zona de defesa aérea coreana no momento em que o presidente norte-americano estava em Tóquio realizando uma reunião com os seus aliados contrários a Pequim na reunião Ásia-Pacífico, cujo objetivo é juntar um novo bloco econômico definido sem critérios muito rigorosos destinados a afrontar a dominância da China. 


Aliança Asía-Pacífico

Os últimos passos dados pelos chineses fez Washington e Taipé desafiarem Pequim, que se opõe a qualquer contato oficial entre Taiwan e outros países. Os EUA e a ilha estão vinculados desde 1994 por um “marco” de comércio e investimentos. A vice-representante de Comércio dos EUA, Sarah Bianchi, e o ministro de Taiwan, John Deng, se encontraram virtualmente na quarta e considerou os avanços nas negociações comerciais como “um avanço histórico” que “abririam mais possibilidades de cooperação econômica”. Nesta quinta, o porta-voz chinês pediu que os norte-americanos “se abstenham de enviar um sinal errôneo aos separatistas” que desejam a independência. 

O governo dos EUA não reconhece Taiwan de maneira oficial, como a maioria dos países. Mas Washington apoia fortemente o status “democrático” e são o maior parceiro e fornecedor de armas da Ilha. Um avanço na relação econômica seria um acordo comercial formal, jamais concretizado devido ao complexo contexto político. Desde o fim da guerra civil na China em 1949, Taiwan é governada por um regime que se opõe ao executivo comunista. Como governos anteriores, o presidente chinês Xi Jinping quer “reunificar” Taiwan com “a pátria” e não exclui o uso da força para conseguir isso.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Trump prorroga trégua tarifária com a China por 90 dias
Negociações de última hora evitam escalada na guerra comercial
Conservadorismo ganha força na corrida presidencial chilena
Kast lidera com discurso anti-imigração inspirado em Trump e Milei
Traficantes ameaçam repórter da TV Bahia durante transmissão ao vivo no Nordeste de Amaralina
Jornalista Rildo de Jesus relatava tiroteio no bairro Chapada do Rio Vermelho quando foi intimidado
Lula exige Reinaldo Azevedo como entrevistador em entrevista à BandNews
Presidente prioriza rádios locais e escolhe jornalista antes crítico, mas agora alinhado ao governo
Carlos Muniz cobra diálogo entre Bruno Reis e Jerônimo Rodrigues para beneficiar Salvador
Presidente da Câmara se oferece para mediar encontro entre prefeito e governador
Celso Amorim alerta para intenções dos EUA em fortalecer extrema direita na América Latina
Assessor de Lula critica tarifas e defende dignidade do Brasil frente a pressões de Trump
Carregando..