Bolsonaro promete asilo a padres e freiras perseguidos pelo regime ditatorial da Nicarágua

No seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (20), Bolsonaro fez uma citação direta ao governo de Daniel Ortega, na Nicarágua. Depois de chegar ao poder por meio de uma eleição rejeitada pela comunidade internacional, com concorrentes presos ou no exílio, Ortega promoveu um ataque à Igreja Católica, fechando igrejas críticas ao seu governo.

O chefe de Estado brasileiro disse que Brasília dará assistência aos religiosos afetados pelo ditador.

“Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que tem sofrido cruel perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo”, disse Bolsonaro.

“É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação.”

O amigo de Lula está fechando igrejas

Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil

O PT garante que Lula “é cristão” e “nunca fechará igrejas”, mas até agora o presidenciável calou-se vergonhosamente sobre o arbítrio praticado contra os católicos na Nicarágua, por parte do ditador Daniel Ortega, seu amigo.

Lula mantém relação histórica com Daniel Ortega. Em novembro, durante uma entrevista, o ex-presidiário minimizou a ditadura no país e ainda questionou: “Por que é que a Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega não?”

O cerco à Igreja nicaraguense vem desde 2018, quando paróquias foram usadas para abrigar manifestantes contrários ao regime. Mas a situação se deteriorou nas últimas semanas, com a invasão de templos por forças de segurança, que também fecharam congregações e rádios católicas.

O regime de Ortega expulsou missionárias, manteve um bispo em cárcere privado e passou a bloquear o acesso de cidadãos a missas regulares e realização de procissões. Já há relatos de sequestros de padres.

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Fonte: O Antagonista