Investigação do MP do Peru coloca Dina Boluarte sob suspeita de omissão no exercício da presidência

Presidente é investigada por não ter comunicado impedimento temporário de sua função durante período de recuperação de cirurgia; governo refuta acusações e afirma que não houve abandono de cargo
Por: Brado Jornal 06.dez.2024 às 10h12
Investigação do MP do Peru coloca Dina Boluarte sob suspeita de omissão no exercício da presidência
Reprodução/Instagram

O Ministério Público do Peru iniciou uma investigação preliminar contra a presidente Dina Boluarte, sob a acusação de "omissão de atos funcionais" ou abandono de cargo. A investigação foca no período de 29 de junho a 9 de julho de 2023, quando Boluarte se submeteu a uma cirurgia, mas não comunicou oficialmente ao Congresso sobre o impedimento temporário de sua presidência. Em resposta, o governo afirmou que toda a documentação referente a esse período está devidamente registrada e garantiu que não houve qualquer falha ou omissão em relação ao exercício da presidência.

Durante esta semana, Alberto Otárola, ex-presidente do Conselho de Ministros, declarou à Comissão de Fiscalização do Congresso que não recordava a data exata da cirurgia de Boluarte, mas confirmou que entrou em contato com ela no dia seguinte à operação. Otárola afirmou que, ao falar com a presidente, percebeu, pela sua voz, que ela havia realizado uma cirurgia no nariz. O ex-ministro ainda destacou que Boluarte retomou suas funções presenciais após uma semana e meia de recuperação.

O atual presidente do Conselho de Ministros, Gustavo Adrianzén, defendeu a presidente em coletiva de imprensa, garantindo que Boluarte não abandonou o comando do país e classificando as acusações como tentativas de desestabilizar o governo.

Além da investigação do Ministério Público, a presidente enfrenta uma ação constitucional movida pela deputada Ruth Luque, que a acusa de violar a Constituição, alegando que Boluarte não exerceu a presidência de forma efetiva durante os 12 dias de afastamento. A deputada questiona a legalidade da ausência da presidente, pedindo esclarecimentos ao Parlamento.



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