Vice-presidente da Guiné Equatorial é indiciado no Brasil por lavagem de dinheiro

Teodorin Obiang Mangue é acusado de utilizar recursos ilícitos para adquirir bens de luxo e um imóvel em São Paulo; investigação contou com apoio internacional
Por: Brado Jornal 06.jan.2025 às 11h07
Vice-presidente da Guiné Equatorial é indiciado no Brasil por lavagem de dinheiro
Teodoro Nguema Obiang Mangue/Divulgação

A Polícia Federal (PF) indiciou Teodoro Obiang Mangue, conhecido como Teodorin, vice-presidente da Guiné Equatorial, por lavagem de dinheiro no Brasil. A acusação se refere à compra de um apartamento de luxo em São Paulo e à tentativa de entrada no país com cerca de US$ 16 milhões em dinheiro e bens de luxo. Teodorin, filho do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, é amplamente conhecido por sua ostentação e estilo de vida luxuoso.

A investigação, que começou em 2018 e foi concluída no ano passado, apura que os recursos usados na compra do imóvel e dos itens de luxo tinham origem ilícita, relacionados a crimes cometidos por Teodorin durante seu tempo no governo de seu pai. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) também incluiu um advogado brasileiro, um português e uma cidadã francesa, todos supostamente envolvidos no esquema de lavagem de valores desviados da Guiné Equatorial.

O foco inicial da investigação era a aquisição de uma cobertura de R$ 15,6 milhões em 2007, localizada no bairro dos Jardins, em São Paulo. No entanto, a PF expandiu a apuração em 2018, após Teodorin tentar entrar no Brasil com US$ 1,4 milhão em dinheiro e US$ 15,4 milhões em relógios de luxo, utilizando um passaporte diplomático.

A PF obteve apoio de autoridades internacionais para concluir a investigação, incluindo os Estados Unidos, França, Suíça e Portugal. Nos EUA, Teodorin foi investigado por gastos suspeitos relacionados à lavagem de dinheiro, com as autoridades confiscando um imóvel de luxo de US$ 30 milhões e outros bens. Na França, ele foi condenado por lavagem de dinheiro após a compra de um imóvel de luxo em Paris. Em Portugal, a investigação apurou o envolvimento de um advogado português no processo de aquisição do imóvel no Brasil, enquanto, na Suíça, foi investigado o uso de empresas offshores para financiar os bens de luxo.

Teodorin já enfrentou investigações em vários países e foi condenado por crimes semelhantes em diversas jurisdições, com suas atividades ilícitas documentadas por autoridades internacionais.



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