O governo da Argentina, por meio do porta-voz presidencial Manuel Adorni, revelou na terça-feira, 13 de maio de 2025, um plano para reduzir e, posteriormente, eliminar as tarifas de importação incidentes sobre aparelhos celulares. A medida, anunciada na Casa Rosada, sede do governo argentino, visa tornar os preços dos dispositivos mais acessíveis, equiparando o país a nações vizinhas. Adorni, que será candidato pelo partido La Libertad Avanza, de Javier Milei, nas eleições de Buenos Aires em 18 de maio de 2025, criticou a atual disparidade de preços, destacando que um celular 5G na Argentina pode custar o dobro do valor praticado no Brasil ou nos Estados Unidos. “É absurdo que um argentino precise viajar ao exterior para comprar um celular mais barato”, afirmou.
O plano de redução das tarifas será implementado em duas fases. Entre 19 e 25 de maio de 2025, a alíquota de importação cairá de 16% para 8%. A partir de 15 de janeiro de 2026, os impostos serão completamente abolidos. Com a primeira etapa, um iPhone 16 Pro Max, modelo topo de linha da Apple, já ficará ligeiramente mais barato na Argentina do que no Brasil. Em 2026, com a isenção total, a diferença será ainda mais significativa: o mesmo aparelho de 256 GB custará aproximadamente R$ 11.656 na Argentina, contra R$ 12.499 no Brasil, onde a tributação sobre importação de celulares chega a 60%, apesar da ausência de fabricantes nacionais concorrentes de marcas como Apple e Samsung.
Além disso, o governo argentino planeja, em uma fase futura sem data definida, reduzir os impostos internos sobre celulares, televisores e aparelhos de ar-condicionado importados, de 19% para 9,5%. Essa medida poderia baixar o preço de um iPhone 16 Pro Max para cerca de R$ 10.796, uma economia de R$ 2.312 em relação ao valor atual no Brasil. Outra iniciativa é zerar as taxas sobre produtos fabricados na Terra do Fogo, região que abriga fábricas terceirizadas de empresas como a Samsung. Isso impactaria, por exemplo, o preço de smartphones como o Galaxy S25 Ultra, que poderia custar até R$ 1.733 menos na Argentina, e cerca de R$ 2.560 a menos em comparação com o Brasil.
O governo também planeja cortar os impostos de importação sobre consoles de videogame, de 35% para 20%, com a expectativa de reduzir os preços de eletrônicos importados em pelo menos 30%. “Com essas mudanças, a Argentina ficará em pé de igualdade com seus vizinhos”, declarou Adorni. Para estimar os impactos, o Poder360 utilizou dados da loja argentina MacStation, que detalha preços com e sem impostos, ajustando os valores conforme as reduções anunciadas e considerando variáveis como câmbio e custos de envio. As medidas refletem o esforço do governo Milei para baratear o acesso a produtos eletrônicos e estimular a competitividade no mercado argentino.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...