O ministro da Justiça da França, Gérald Darmanin, revelou no sábado, 17 de maio de 2025, durante visita à Guiana Francesa, a construção de uma prisão de segurança máxima em Saint-Laurent-du-Maroni, próxima à fronteira com o Suriname. Orçada em € 400 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões), a unidade, situada em uma área isolada da floresta amazônica, será destinada a combater o narcotráfico e o radicalismo islâmico, com previsão de conclusão até 2028.
Com capacidade para 500 detentos, o presídio terá um regime rigoroso, incluindo vigilância ininterrupta, restrições a visitas e passeios, além de tecnologias como bloqueadores de celulares e drones. A estrutura contará com uma ala de alta segurança para criminosos perigosos e 15 vagas exclusivas para condenados por terrorismo ou extremismo islâmico. “O objetivo é isolar traficantes de suas redes criminosas e neutralizar suas operações”, afirmou Darmanin ao Le Journal du Dimanche (JDD).
A iniciativa responde à superlotação carcerária na Guiana Francesa, onde a prisão de Rémire-Montjoly, em Cayenne, opera com 1.100 detentos para 600 vagas, resultando em uma densidade de 134,7%, segundo dados de 2024 do Ministério da Justiça. O projeto também integra o plano de uma cidade judicial na região, que incluirá um tribunal.
A decisão surge em meio ao aumento de ataques de gangues contra o sistema prisional francês. Darmanin destacou que a localização estratégica na Amazônia, próxima ao Brasil, fortalece o combate ao tráfico internacional de drogas. “Essa prisão será um marco contra o crime organizado, com um regime que incapacitará os maiores traficantes”, declarou o ministro.
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