Kast lidera corrida presidencial no Chile com discurso anti-imigração

De acordo com a consultoria Cadem, Kast lidera o primeiro turno com 28% das intenções de voto, seguido por Jara, com 26%.
Por: Brado Jornal 11.ago.2025 às 14h56
Kast lidera corrida presidencial no Chile com discurso anti-imigração

Com uma plataforma conservadora, José Antonio Kast, do Partido Republicano do Chile, está à frente nas pesquisas para as eleições presidenciais de 16 de novembro. Defensor de políticas rígidas contra a imigração irregular, Kast ecoa ideias de líderes como Donald Trump, dos Estados Unidos, e Javier Milei, da Argentina. Ele enfrenta Jeannette Jara, do Partido Comunista, como principal adversária, além de outros três candidatos de centro-direita: Franco Parisi (Partido do Povo), Evelyn Matthei (Chile Vamos) e Johannes Maximilian Kaiser (Partido Nacional Libertário).


De acordo com a consultoria Cadem, Kast lidera o primeiro turno com 28% das intenções de voto, seguido por Jara, com 26%. Em um possível segundo turno, Kast superaria Jara por 48% a 34%, uma diferença de 14 pontos. A pesquisa, disponível em PDF (1 MB, em espanhol), não especifica a margem de erro. Juntos, candidatos de direita e centro-direita concentram a maior parte dos votos.


O cenário político chileno reflete a insatisfação com o atual presidente, Gabriel Boric, da Frente Ampla, cuja desaprovação chega a quase 60%. Esse descontentamento fortalece a oposição, enquanto esquerda e centro-esquerda buscam uma coalizão para conter o avanço conservador.


A questão migratória, especialmente envolvendo venezuelanos, é central na campanha de Kast. Dados do Departamento de Estrangeiros e Migrações apontam que cerca de 670 mil venezuelanos vivem no Chile, representando 41,6% dos imigrantes no país, contra apenas 5.000 em 2002. Durante a Cpac, na Hungria, em 30 de maio, Kast afirmou que a imigração ilegal é uma “estratégia contra a liberdade dos povos”.


Em abril, o Partido Republicano lançou a consulta “Chile Fala”, focada nos impactos da imigração irregular. Kast destacou que a crise migratória afeta o mercado de trabalho, com aumento da informalidade, além de sobrecarregar os sistemas de saúde e educação. “A infraestrutura não consegue atender a todos adequadamente”, declarou.



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