Em uma gravação divulgada em 1974, Patricia Hearst, uma jovem californiana de 19 anos e herdeira de uma fortuna, tranquilizava seus pais:
“Mãe, pai, estou bem. Estou com alguns arranhões, mas eles lavaram tudo e já estão melhorando. Peguei um resfriado, mas me deram remédio.”
E completava: “Não estou passando fome, não estão batendo em mim nem me aterrorizando desnecessariamente.”
Sequestrada em 1974, Patricia Hearst tornou-se o centro de uma saga que capturou a atenção dos Estados Unidos por dois anos. Sua história começou como vítima, mas evoluiu de maneira inesperada: de refém, ela se transformou em guerrilheira, participou de assaltos a bancos e viveu como fugitiva, desafiando as expectativas do público e da mídia.Antes do sequestro, Hearst era conhecida como uma jovem de elite, vista em momentos como suas férias na Grécia, capturadas em fotos que retratavam uma vida de privilégios. No entanto, após ser capturada pelo grupo radical Exército Simbionês de Libertação (SLA), sua trajetória mudou drasticamente. Alegando lutar por “povos oprimidos”, ela passou a integrar as ações do grupo, marcando uma reviravolta que chocou o país.
A imagem de Patricia Hearst armada durante um assalto a banco tornou-se icônica, simbolizando sua transição de vítima a participante ativa. A cobertura jornalística da época acompanhou cada etapa dessa metamorfose, desde as mensagens gravadas até suas aparições públicas como fugitiva. O caso levantou debates sobre manipulação psicológica, síndrome de Estocolmo e as motivações por trás de sua aliança com os sequestradores.A
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