Brasileiro judeu relata esforço para salvar vidas em ataque terrorista na Austrália

Paramédico de origem brasileira atuou no socorro às vítimas durante celebração de Hanukkah em Bondi
Por: Brado Jornal 22.dez.2025 às 09h17
Brasileiro judeu relata esforço para salvar vidas em ataque terrorista na Austrália
Foto: Reprodução/TV Globo

O paramédico Mendy Eskinazi, brasileiro e judeu residente na Austrália, foi um dos primeiros a prestar atendimento às vítimas do atentado terrorista ocorrido na praia de Bondi, em Sydney, durante as comemorações do Hanukkah. Ele afirmou ao Fantástico que seu objetivo principal era "salvar o máximo de vidas possíveis".

Eskinazi chegava atrasado ao evento quando se deparou com a cena de caos. Como segundo paramédico a chegar ao local, ele conseguiu auxiliar pelo menos oito feridos, apesar do cenário devastador.

“Assim que eu entrei, tive uns 30 segundos para fazer um 360 e entender o que estava acontecendo. Eram corpos um do lado do outro, carrinhos de bebê com sangue”, contou o paramédico socorrista ao Fantástico.Entre os atendidos por ele estava Yankee, o único socorrista presente na celebração, que havia sido atingido por dois tiros nas costas.

“Em poucos minutos chegou meu brasileiro favorito, o Mendy”, disse Yankee.O brasileiro também tentou reanimar o rabino Eli Schlanger, uma das vítimas fatais do ataque.

“Infelizmente, o estrago foi muito grande”, lamentou.

O atentado, classificado como terrorista e motivado por antissemitismo, deixou 15 mortos e cerca de 40 feridos, incluindo policiais. As autoridades identificaram os atiradores como pai e filho: Sajid Akram, de 50 anos, nascido em Hyderabad, na Índia, e que migrou para a Austrália em 1998 com visto de estudante, possuía licença legal para seis armas de fogo. Ele morreu no local.

Seu filho, Navid Akram (ou Naveed), de 24 anos, nascido na Austrália, foi investigado em 2019 por possíveis ligações com extremistas e agora enfrenta 59 acusações, incluindo 15 de assassinato e terrorismo. Ele segue hospitalizado sob custódia.

A polícia aponta indícios de inspiração no Estado Islâmico, com o ataque planejado por meses, incluindo treinamentos táticos e uma viagem suspeita às Filipinas semanas antes. A comunidade judaica australiana enfrenta aumento de antissemitismo desde outubro de 2023, e o primeiro-ministro Anthony Albanese prometeu tolerância zero ao discurso de ódio.




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