Bolsonaro disse em evento que teria feito um acordo com Alexandre de Moraes por intermédio de Temer

Bolsonaro discursou por pouco mais de uma hora em evento evangélico chamado Unção Apostólica no Amazonas.
Por: Brado Jornal 20.jun.2022 às 06h45
Bolsonaro disse em evento que teria feito um acordo com Alexandre de Moraes por intermédio de Temer

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado (18) que, se toma medida “drástica” contra o STF (Supremo Tribunal Federal) seria herói só “por 2 ou 3 dias”. Ele citou possíveis represálias internacionais e negou querer dar golpe.

“Qualquer medida minha drástica, eu posso ser herói por 2 ou 3 dias. Como é que ficaria outros países no tocante a barreiras econômicas em relação ao Brasil? Três, 4 dias começaria a faltar coisa pelo Brasil, o Brasil num caos. É o que eles queriam.”

Bolsonaro discursou por pouco mais de uma hora em evento evangélico chamado Unção Apostólica no Amazonas. Ele disse saber que muitos apoiadores queriam que ele “metesse o pé na porta” durante protestos contra a Corte nas comemorações do 7 de Setembro de 2021.

Bolsonaro afirmou que se encontrou com o ex-presidente Michel Temer e que ligaram para o ministro do STF Alexandre de Moraes. O acordo de pacificação, segundo o presidente, seria redigir uma carta pacificadora enquanto Moraes arquivaria os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Temer negou, em junho, que houve qualquer tipo de acordo com Moraes. O ex-presidente disse que foi a Brasília, na ocasião, para ajudar a pacificar o país e a restabelecer a harmonia entre os Poderes. “As conversas se desenvolveram em alto nível como cabia a uma pauta de defesa da democracia”, disse em nota.

“Hoje em dia o povo aprendeu algo de lá pra cá ou não? Aprendeu. Eu quero dar golpe? Longe disso. Eu quero paz, tranquilidade, quero democracia e todos nós queremos respeito. Queremos umas eleições limpas, confiáveis e auditáveis. Isso é pedir muito?”

Bolsonaro também repetiu críticas e questionamentos ao sistema eleitoral. O presidente afirmou que, depois de uma acusação na imprensa de fraude eleitoral, o TSE determinou que a Polícia Federal investigasse o pleito de 2018. Ainda segundo Bolsonaro, o tribunal teria sido invadido por hackers durante meses naquele ano e que, depois, não entregou as informações de acesso detalhadas à PF. Ele voltou a afirmar que acredita que ganharia no 1º turno.

Em agosto de 2021, o presidente divulgou documentos da investigação sobre um ataque hacker à Corte em suas redes sociais e, por isso, é alvo de ação em uma investigação aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Ele também voltou a afirmar que o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, deveria se declarar impedido do cargo porque relatou o processo que deu a liberdade ao ex-presidente Lula, que concorre com Bolsonaro ao Planalto.



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