Senado aprova PEC que cria benefícios sociais até o fim do ano; texto vai à Câmara

Com impacto de R$ 41,25 bilhões, proposta cria benefícios para taxistas e caminhoneiros, amplia o Auxílio Brasil e destina recursos para gratuidade do transporte coletivo para idosos
Por: Brado Jornal 01.jul.2022 às 06h59
Senado aprova PEC que cria benefícios sociais até o fim do ano; texto vai à Câmara

O plenário do Senado Federal aprovou nesta quinta-feira, 30, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que institui o estado de emergência para permitir ao governo a criação e ampliação de programas sociais. A medida é adotada para que os pagamentos não violem a legislação eleitoral, que proíbe o criação de benefícios destinados a pessoas físicas em ano de eleições. A proposta do relator Fernando Bezerra (MDB-PE), ex-líder do governo na Casa, foi aprovada em primeiro turno com 72 votos favoráveis,  1 contra e 0 abstenções. Em segundo turno, o texto recebeu 67 votos sim, 1 voto não e nenhuma abstenção. Entre outros pontos, o texto prevê pacote social de R$ 41,25 bilhões até o fim do ano para expansão do Auxílio Gás, criação do “Pix Caminhoneiro”, ampliação dos pagamentos do Auxílio Brasil, além de financiamento da gratuidade do transporte coletivo para idosos e compensação aos Estados que concederem créditos tributários ao etanol. Incluído a pedido do governo, o texto também incluiu auxílio financeiro aos taxistas, com custo de R$ 2 bilhões. 

Inicialmente, a expectativa era que a proposta, anteriormente chamada de PEC dos Combustíveis e agora nomeada, entre os governistas, de PEC das Bondades, fosse votada em sessão deliberativa desta quarta, 29. No entanto, lideranças do Senado pediram mais tempo para análise, chegando a acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, pelo adiamento da votação um dia. Diferente do inicialmente apresentado, a matéria aprovada nesta quinta não contempla o trecho que isentava as medidas de “aplicação de qualquer vedação ou restrição prevista em norma de qualquer natureza”. O dispositivo foi criticado por diversos senadores, que consideraram a medida um “cheque em branco” ao governo federal, sendo retirado pelo relator Fernando Bezerra. Além disso, o texto original, descartado por Fernando Bezerra, previa a compensação a Estados que desonerassem os combustíveis, sendo uma medida para conter a alta dos combustíveis, o que acabou também sendo descartado.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
MBL alcança assinaturas para criar o partido Missão
O Movimento Brasil Livre (MBL) celebrou, nesta quinta-feira (26.jun.2025), a conquista do número mínimo de assinaturas necessárias para registrar o partido Missão junto à Justiça Eleitoral
Lulistas do MDB admitem entraves para apoiar reeleição em 2026
A ala lulista do MDB admite que a articulação política do governo é frágil, dificultada pela heterogeneidade do partido, que abriga desde políticos de esquerda até nomes de direita
Caroline De Toni apoia Carlos Bolsonaro ao Senado e questiona Fiesc
A deputada federal Caroline De Toni (PL-SC), cotada para concorrer ao Senado em 2026, manifestou apoio à possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina, em entrevista ao programa Rádio Revista Cidade, da Rádio Cidade FM, na quinta-feira (26.jun.2025)
STF responsabiliza big techs por conteúdos, e Meta alerta para riscos à liberdade de expressão
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na quinta-feira (26.jun.2025), por 8 votos a 3, que plataformas digitais como Instagram, Facebook e WhatsApp, pertencentes à Meta, serão responsáveis por conteúdos publicados por usuários que não forem removidos
Congresso derruba decreto do IOF apesar de R$ 1,15 bi em emendas liberadas
O projeto de decreto legislativo que revogou o aumento do IOF foi aprovado na quarta-feira (23.jun.2025) com ampla margem na Câmara, por 383 votos a 98, e por votação simbólica no Senado
STF responsabiliza big techs por conteúdos de usuários em decisão sobre Marco Civil
A Corte estabeleceu que a exigência de ordem judicial para retirada de conteúdos será exceção, aplicável apenas a crimes contra a honra, conforme o artigo 19 do Marco Civil (lei 12.965/2014). Para outros casos, notificações privadas ou ação direta das plataformas serão suficientes, com base no artigo 21
Carregando..