Após manobra de Lira, governo garante manutenção do estado de emergência na PEC das Bondades

Destaque apresentado pelo PT, que propunha a retirada do dispositivo do texto, foi derrotado por 361 votos a 142; presidente da Câmara permitiu registro remoto de presença
Por: Brado Jornal 13.jul.2022 às 15h58
Após manobra de Lira, governo garante manutenção do estado de emergência na PEC das Bondades
Paulo Sergio / Câmara dos Deputados

Após uma manobra do presidente Arthur Lira (PP-AL), a Câmara dos Deputados decidiu manter o estado de emergência na PEC das Bondades, que cria e turbina benefícios sociais a menos de três meses das eleições. A manutenção da versão original do texto foi aprovada por 361 votos a 142 e representa uma vitória do governo Bolsonaro, que recorreu ao dispositivo para driblar a lei eleitoral – a legislação só permite a criação ou a ampliação de programas em caso de emergência ou calamidade.

Para ampliar o quórum e garantir a manutenção do texto-base, Lira permitiu o registro remoto de presença na sessão. No total, 503 deputados votaram. Na noite da terça-feira, 12, quando a PEC das Bondades foi aprovada em primeiro turno, 497 parlamentares estavam presentes. A sessão foi suspensa em razão de uma instabilidade nos sistemas da Câmara, que está sendo investigada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e pela Polícia Federal (PF). Após pressão da oposição, que alegava violação ao regimento, o presidente da Casa encerrou a sessão, mas permitiu o voto à distância.

O destaque que propunha a retirada do estado de emergência foi apresentado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Na avaliação da sigla, o dispositivo é um “cheque em branco” para o presidente Jair Bolsonaro a menos de três meses da eleição. Como a Jovem Pan mostrou, a PEC das Bondades é vista por integrantes da campanha do chefe do Executivo federal à reeleição como “a cartada mais arrojada” para tentar garantir o crescimento do mandatário do país nas pesquisas de intenção de voto. Aliados do Palácio do Planalto acreditam que os benefícios sociais servirão para evitar a possibilidade de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno da disputa, como apontado pelo Datafolha em levantamento divulgado no dia 23 de junho.




📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Tensão interna no governo Lula após acordo de Jaques Wagner no PL da dosimetria
Líder do Senado admite articulação sem aval do Planalto e gera atrito com Gleisi Hoffmann
Tiago Correia defende dupla João Roma e Angelo Coronel para o Senado
Líder da oposição na ALBA aponta chapa ideal para fortalecer ACM Neto em 2026
Senado aprova projeto que alivia punições para condenados pelos atos do 8 de janeiro e favorece Bolsonaro
A votação terminou com 48 votos favoráveis e 25 contrários, configurando um triunfo para aliados bolsonaristas e um revés para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Comerciante de Serrinha viraliza após ameaçar expor devedores
Dona de espaço adulto no interior baiano denuncia caloteiros em vídeo que gerou debate
Banco Central revisa para cima projeções de crescimento econômico em 2025 e 2026
Autarquia prevê convergência da inflação ao centro da meta de 3% somente em 2028
Planet Internet rejeita alegações de cobranças por facção após execução de três funcionários
Empresa contesta versão de extorsão, enquanto investigações apontam para possível ligação com taxas impostas pelo Comando Vermelho
Carregando..