Mourão classifica como absurda decisão de Fachin contra decreto de armas

Para o vice-presidente da República, Judiciário extrapolou suas atribuições com a decisão
Por: Brado Jornal 06.set.2022 às 06h23
Mourão classifica como absurda decisão de Fachin contra decreto de armas

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), chamou de absurda a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de derrubar o decreto de armas do presidente Jair Bolsonaro (PL). No Twitter, o candidato a senador pelo Rio Grande do Sul criticou o parecer do magistrado. “Novamente o Judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida. As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros Poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar”, escreveu. Nesta segunda-feira, 5, Fachin ordenou a suspensão dos decretos realizados pelo governo sobre os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Com a decisão do magistrado, o número de armas de fogo e munições obtidas pelo grupo será restrito. A justificativa dada pelo membro da Suprema Corte em sua decisão, segundo documentos à qual a equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso, foi o aumento do “risco de violência política” durante a campanha eleitoral. “O aumento excessivo de munições que, potencialmente, circulam na sociedade gera efeitos deletérios para os cidadão — tomados individualmente e coletivamente. As consequências mais dramáticas são o aumento dos crimes violentos praticados com armas de fogo; o desvio das munições obtidas legalmente para a criminalidade organizada; a escalada de episódios de violência doméstica; o aumento desproporcional dos atos violentos praticados contra grupos minoritários”, deliberou o magistrado.

A determinação de Fachin atende a pedidos realizados de maneira liminar, ou seja, provisória, em três processos impetrados por partidos oposicionistas como PSB e PT, já que o ministro é o relator destas ações. O plenário virtual do STF passou a analisar os pedidos, porém o ministro Nunes Marques pediu vistas – maior tempo para estudo do caso – em setembro do último ano e o julgamento foi paralisado. Edson Fachin, por fim, atendeu às solicitações das siglas e fixou o entendimento de que a “posse de armas de fogo só pode ser autorizada às pessoas que demonstrem concretamente, por razões profissionais ou pessoais, possuírem efetiva necessidade”.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Jerônimo Rodrigues Fica Fora do Top 10 de Governadores Mais Bem Avaliados
Pesquisa AtlasIntel destaca desempenho de outros mandatários, enquanto governador da Bahia não figura na lista
Senador Amin aceita emenda para limitar benefícios do PL da Dosimetria aos condenados do 8 de janeiro
Relator ajusta projeto para esclarecer aplicação exclusiva aos atos de 2023 e evitar extensão a outros crimes
Marta Rodrigues pode assumir vaga de deputada federal
Articulação política dentro do PT envolve indicação de Josias Gomes ao TCE
Cantor Zezé Di Camargo se retrata após críticas ao SBT e filhas de Silvio Santos
Especial de Natal é cancelado pela emissora após polêmica envolvendo lançamento do SBT News
Senado deve rejeitar integralmente o PL da Dosimetria, defende Alessandro Vieira
Relator do PL Antifacção considera insuficientes emendas ao texto vindo da Câmara e alerta para riscos de impunidade em crimes graves
Pesquisa Quaest indica Flávio Bolsonaro como principal nome da direita para 2026
Senador do PL supera rivais conservadores em simulações, mas Lula mantém liderança em todos os cenários
Carregando..