Candidato à Presidência, Lula (PT) foi entrevistado ao vivo pela CNN na noite de segunda-feira 12, quando responsabilizou o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) pelo clima de instabilidade política e pela interferência do Judiciário na política brasileira.
Na conversa com o jornalista William Waack, Lula afirmou que o ativismo político do Judiciário começou quando Aécio contestou a vitória de Dilma Rousseff (PT) na eleição presidencial de 2014, com o tucano então derrotado no segundo turno. Na teoria do petista, o episódio deflagrou um ambiente de desconfiança das instituições do país.
“Primeiro, é culpa da classe política. Qualquer coisinha recorre à Suprema Corte. E aí nós temos um problema que foi a eleição da Dilma de 2014, quando o candidato que ela derrotou não quis aceitar o resultado”, afirmou Lula.
“O Aécio afrontou a vitória da Dilma, entrou com recurso na Justiça e é responsável pelo clima de animosidade que está criado hoje neste país. Numa eleição, você disputa, você perde ou você ganha”, acrescentou o petista.
Lula ainda disse acreditar que o impeachment de Dilma em 2016 quebrou o que entende ser uma normalidade nas relações partidárias. Neste ponto, mais uma vez citou suposta responsabilidade do tucano Aécio Neves, que teria propiciado um confronto entre o Executivo e o Legislativo, por parte do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
“Não tinha dificuldade de relacionamento com os partidos políticos. O Fernando Henrique Cardoso não teve, o Sarney não teve. Isso começou depois de 2014, 2015, quando o Aécio não aceitou os resultados das eleições e instigou que o Eduardo Cunha se comportasse do jeito que se comportou”, comentou.
Como presidente da Câmara, Eduardo Cunha foi o responsável por abrir o processo de impeachment, que culminou no afastamento de Dilma da Presidência, em 2016.
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