Moraes mantém 740 prisões e libera 335 pessoas após atos criminosos em Brasília

Ministro considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, visando coagir e impedir o exercício dos Poderes constitucionais
Por: Brado Jornal 20.jan.2023 às 06h40
Moraes mantém 740 prisões e libera 335 pessoas após atos criminosos em Brasília
Fachada do STF danificada após atos criminosos em Brasília Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 09.jan.2023

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva de 740 pessoas pelos atos criminosos em Brasília, no dia 8 de janeiro.  Outras 335 pessoas obtiveram liberdade provisória.


A previsão que a análise dos casos de todos os detidos seja finalizada até esta sexta-feira (20).


Até o momento, Moraes analisou a situação de 1.075 presos. A averiguação do magistrado teve início na última terça-feira (17). Somente nesta quinta-feira (19), ele realizou a análise de 501 detenções por envolvimento em atos criminosos e na destruição de prédios públicos.


Desde as prisões nos dias 8 e 9 de janeiro até o último dia 17, foram realizadas, sob a coordenação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 1.459 audiências de custódia, sendo 946 feitas por magistrados do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e 513 por juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

O ministro considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos Poderes constitucionais.


Para Moraes, houve flagrante afronta à manutenção do Estado Democrático de Direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão.


Nesses casos, ele considerou que há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas e destacou a necessidade de se apurar o financiamento da vinda e permanência em Brasília daqueles que concretizaram os ataques.


Mais cedo, a Corte informou à Advocacia-Geral da União (AGU) que a estimativa parcial dos custos de reparação dos danos causados pelos atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro no edifício-sede é R$ 5,9 milhões.


Os valores constam em novo pedido da AGU de ampliação do valor a ser bloqueado para garantir o ressarcimento à União dos prejuízos causados pela depredação do patrimônio público nos atos criminosos.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido a exame pericial na quarta-feira
Moraes determinará autorização para procedimento cirúrgico após análise de peritos da PF
Polícia Federal realiza buscas contra deputado por suspeita de corrupção
Operação Igapó investiga organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias e desvio de recursos públicos
STF determina novas diligências em inquérito sobre fraudes no Banco Master
Ministro Dias Toffoli autoriza PF a avançar com depoimentos e quebras de sigilo
Polícia Federal prende desembargador na segunda etapa da Operação Unha e Carne
Rodrigo Bacellar, ex-presidente da Alerj, volta a ser alvo de mandados de busca
Deputados aprovam base do projeto que define gestão do IBS na reforma tributária
Destaques sobre bebidas açucaradas e setor financeiro ainda serão votados nesta terça-feira
Carregando..