Governo Lula dá aval a embaixador da Venezuela indicado por Nicolás Maduro

Em nota, o Itamaraty confirmou que concedeu o agrément —documento diplomático que indica concordância do governo anfitrião com a nomeação
Por: Brado Jornal 24.jan.2023 às 06h36
Governo Lula dá aval a embaixador da Venezuela indicado por Nicolás Maduro
Foto: Reprodução/Twitter

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu o aval para que o novo embaixador da Venezuela no Brasil seja Manuel Vicente Vadell Aquino, indicado pela ditadura de Nicolás Maduro.


Em nota, o Itamaraty confirmou que concedeu o agrément —documento diplomático que indica concordância do governo anfitrião com a nomeação— a Vadell, por ocasião de reunião realizada nesta segunda-feira (23) entre os chanceleres Mauro Vieira e Yvan Gil, em Buenos Aires.


O ministro das Relações Exteriores integra a comitiva de Lula na Argentina, na primeira viagem internacional do petista desde a posse. Em encontro, o presidente e seu homólogo Alberto Fernández fizeram uma série de acenos ao regime venezuelano.


Inicialmente, a assessoria do brasileiro havia dito que ele teria um encontro bilateral com Maduro em Buenos Aires. Mas a reunião, que seria a primeira entre os líderes desde que os países reataram os laços diplomáticos foi cancelada por decisão de Caracas.


Em nota divulgada horas depois, o regime confirmou que o ditador também não deve participar da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), na capital argentina, atribuindo a suspensão da agenda a uma suposta movimentação da oposição argentina.


“Nas últimas horas fomos informados de que há um plano elaborado no seio da direita neofascista cujo objetivo é levar a cabo uma série de agressões contra nossa delegação para montar um show deplorável, com a finalidade de perturbar os efeitos positivos de uma reunião regional tão importante e, desse modo, contribuir com uma campanha de descrédito, já fracassada, empreendida pelo império dos EUA”, diz o texto.


Os laços diplomáticos entre Brasil e Venezuela foram rompidos em 2020 pelo hoje ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que reconheceu o opositor Juan Guaidó como líder legítimo interino. Antes, ainda na gestão Michel Temer (MDB), embaixadores dos dois países foram retirados de suas respectivas missões, mas a presença diplomática mútua foi mantida em níveis inferiores de representação.



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