Polícia Federal abre inquérito sobre caso das joias sauditas

O pedido de investigação partiu do gabinete do ministro da Justiça, Flávio Dino
Por: Brado Jornal 07.mar.2023 às 06h26
Polícia Federal abre inquérito sobre caso das joias sauditas
Ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu abertura da investigação | Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) abriu nesta segunda-feira, 6, um inquérito para investigar as joias sauditas supostamente direcionadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e que foram apreendidas pela Receita Federal. O caso ficará sob a tutela da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários de São Paulo.


O pedido partiu do ministro da Justiça, Flávio Dino. De acordo com Dino, um ex-ministro de Estado e seus assessores teriam transportado ilegalmente as joias. A Polícia Federal (PF) apreendeu os bens, que supostamente seriam entregues à ex-primeira-dama e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.


“Conforme documentos, houve, nos meses subsequentes, diversas providências visando à liberação das joias, mantidas sob a guarda da Receita Federal”, informou a PF.


Chegada das joias ao Brasil

Ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP), em 26 de outubro de 2021, um dos assessores de Albuquerque foi impedido de levar os presentes (um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes, avaliados em cerca de R$ 20 milhões, foram dados como presente ao governo). Os objetos foram recebidos pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que representou Bolsonaro em um evento, acompanhado de assessores.


Segundo Albuquerque, ele teve conhecimento do que eram os presentes apenas ao chegar ao aeroporto. Até então, a caixa com os objetos estava lacrada. Nem mesmo as autoridades da Arábia Saudita disseram o que havia nos pacotes, conforme o ex-ministro de Minas e Energia. Por causa da exigência de pagamento de imposto de importação e multa, os itens ficaram retidos na RF.


Um documento divulgado pelo ex-secretário Fabio Wajngarten mostra um agradecimento de Albuquerque à Arábia Saudita. No texto, o militar afirma que os objetos seriam “incorporados ao acervo oficial brasileiro”. No texto, não há menções a joias.



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