TSE cassa mandato de deputado federal

Com a decisão, pode assumir a vaga Paulinho da Força, primeiro suplente do Solidariedade
Por: Brado Jornal 09.nov.2023 às 15h54
TSE cassa mandato de deputado federal

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta terça-feira (7) pela cassação do mandato do deputado federal Marcelo Lima (PSB-SP), eleito em 2022. A votação se deu por 5 a 2 votos.

Ex-vice-prefeito do município paulista de São Bernardo do Campo, Marcelo foi julgado pela Corte Eleitoral por conta da sua desfiliação do partido Solidariedade. O então congressista não apresentou justa causa para sua saída.

O Solidariedade diz que Lima saiu do partido sem apresentar justificativa, mesmo tendo disputado as eleições enquanto usava da estrutura financeira e política da sigla. Por esse motivo, o partido alegou “infidelidade partidária”.

O partido ainda afirma que, embora o deputado não tenha atingido a cláusula de desempenho nas eleições, passou a preencher os requisitos com a incorporação do Pros (Partido Republicano da Ordem Social) ao Solidariedade, em fevereiro de 2023.

Marcelo Lima afirma ter formalizado a sua desfiliação horas antes da sessão na qual o TSE concordou com a incorporação dos partidos, em 14 fevereiro. O ex-prefeito diz ainda ter apresentado o pedido à Comissão Executiva Municipal de São Bernardo do Campo.

O julgamento sobre a cassação do mandato de Marcelo estava suspenso desde o pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Floriano de Azevedo Marques. O relator do caso, ministro André Ramos Tavares, já havia votado pela perda do mandato do congressista.

Ramos Tavares afirma que a carta de anuência do congressista foi apresentada no mesmo dia que o Solidariedade se incorporou ao Pros, em 14 de fevereiro, mas que só comunicou no dia seguinte.

Segundo o relator, o deputado perdeu o direito de migração de partido quando o Solidariedade, por causa da incorporação do Pros, superou as cláusulas de barreira. Portanto, o deputado ainda estava ligado à sigla quando ela ultrapassou essa cláusula.

Dessa forma, Ramos Tavares afirmou que o cenário que permite a migração dos congressistas é superado quando o próprio partido faz um movimento no sentido de se unir a outros para atingir a cláusula de barreira.

O voto foi acompanhado pelos ministros Floriano Marques, Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Os ministros Nunes Marques e Raul Araújo votaram contra.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Defesa de Bolsonaro planeja embargos infringentes e laudos para evitar prisão em regime fechado
Equipe jurídica acelera preparativos para cumprimento de pena em casa ou no Exército, visando evitar detenção antes das festas de fim de ano
Semana decisiva da COP30 em Belém: avanços na preservação florestal, polêmicas sobre minerais e a marcha que mobilizou milhares
Atualizações do oitavo dia revelam compromissos iniciais da Alemanha com o TFFF e críticas à presença recorde de lobistas fósseis, enquanto indígenas lideram protestos por inclusão
Primeira turma do STF rejeita embargos de Bolsonaro e aliados na ação da tentativa de golpe
Decisão unânime no plenário virtual pavimenta caminho para acórdão e possíveis novos apelos das defesas
Carregando..