STF marca data para julgamento de mais réus pelos atos de 8 de janeiro

Pelo menos 15 processos foram liberados para julgamento, podendo esse número ser ampliado
Por: Brado Jornal 01.fev.2024 às 09h15
STF marca data para julgamento de mais réus pelos atos de 8 de janeiro
José Cruz/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 9 de fevereiro o julgamento de um novo conjunto de ações penais relacionadas aos atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, quando houve invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Até o momento, pelo menos 15 processos foram liberados para julgamento, podendo esse número ser ampliado.

A análise desses casos acontecerá no plenário virtual, um formato de julgamento em que os ministros apresentam seus votos em uma página eletrônica do Supremo. A deliberação está programada para ser concluída até o dia 20 de fevereiro, a menos que ocorram pedidos de vista (interrupção do julgamento para esclarecimentos adicionais) ou destaque (transferência do caso para o plenário presencial).

É importante destacar que esses processos serão discutidos no ambiente do plenário, não nas turmas, uma vez que se referem a casos anteriores à modificação das regras internas do STF, que direcionou processos penais para os colegiados do tribunal. Os ministros irão julgar as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, analisando a situação de cada acusado de forma individual.


Os acusados respondem por cinco crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: Tentar, com violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo os poderes constitucionais. Pena de 4 a 8 anos de prisão.
  • Golpe de Estado: Tentar depor, por violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena de 4 a 12 anos de prisão.
  • Associação criminosa armada: Associação de três ou mais pessoas com o objetivo de cometer crimes. Pena inicial de 1 a 3 anos de prisão, com proposta de aumento pela utilização de armas.
  • Dano qualificado: Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. Pena agravada por violência, grave ameaça, uso de substância inflamável, e por ser contra o patrimônio da União, causando considerável prejuízo à vítima. Pena de 6 meses a 3 anos.
  • Deterioração de patrimônio tombado: Destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena de 1 a 3 anos de prisão.


Outros processos estão agendados para análise até 5 de fevereiro, incluindo 29 ações relacionadas à depredação. Em 2 de fevereiro, a análise de outros 12 casos já está programada.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Corpo é descoberto próximo à residência do governador em Salvador
Na manhã desta quinta-feira, 22 de maio, um corpo foi encontrado em uma região de acesso dificultado na Rua do Corte Grande
Ciro Nogueira aponta Derrite como opção para governo de SP se Tarcísio buscar Presidência
Em conversa com jornalistas, Nogueira destacou que a escolha do candidato ao governo paulista será uma construção coletiva
Empresa de espião russo faturou R$ 26 mil em contratos com governo brasileiro
A 3D Rio, vinculada ao agente russo Artem Shmyrev, realizou serviços para o governo federal entre 2020 e 2022, totalizando R$ 26.340 em cinco contratos
OAB repudia possível sanção de Trump contra Moraes
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou-se na quinta-feira, 22 de maio de 2025, em apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Deputado Hilton Coelho é acusado por vereador de liderar tumulto na Câmara de Salvador
Durante a sessão plenária desta quinta-feira, 22, a Câmara Municipal de Salvador foi palco de uma invasão marcada por agressões, segundo o vereador Daniel Alves (PSDB)
Tumulto marca prisão de líder sindical Bruno Carinhanha na Câmara Municipal de Salvador
A situação permanece instável nas imediações da CMS, com a presença de apoiadores de Carinhanha e reforço policial para conter possíveis novos conflitos
Carregando..