Deputado quer explicações sobre pesquisas de avaliação de governo

Ministro poderá ser convocado para explicar gastos e resultados de pesquisas de opinião contratadas pelo Planalto
Por: Brado Jornal 11.mar.2024 às 20h57
Deputado quer explicações sobre pesquisas de avaliação de governo
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado Evair de Melo (PP-ES) protocolou um pedido de convocação na Câmara para que o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, deponha sobre o gasto de R$ 6,8 milhões do Planalto com pesquisas de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (11). 

A empresa que realiza as pesquisas é o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, do grupo FSB Comunicação. A firma tem outros contratos com a Secom que já totalizaram R$ 22,6 milhões. 

A parceria começou em março de 2022 e segue vigente até pelo menos 1º de abril. Ao todo, soma R$ 75 milhões. A FSB recebeu, de 2022 a 2023, R$ 10,2 milhões de contratos com o Fundo Nacional da Saúde e o Ministério das Comunicações. 

Os resultados de estudos sobre aprovação da gestão Lula da empresa são mais favoráveis ao presidente do que os de outros levantamentos.


Planalto já gastou R$ 6,8 milhões com pesquisas sobre o governo

O pedido foi protocolado na CFFC (Comissão de Fiscalização Financeira e Controle) da Casa Baixa. Cabe ao colegiado aprovar o requerimento do congressista. Os deputados chegaram a um acordo para que a CFFC seja presidida pelo PT, mas tanto a instalação quanto a eleição para o comando da comissão não foram marcadas. 

Mello disse a este jornal digital que, apesar da ala governista já estar definida para a presidência da Comissão, a oposição não desistirá do requerimento. “Quem não deve, não teme“, afirmou.

O documento diz que os resultados das pesquisas divergem da verdadeira impressão popular sobre Lula. “O Ipri tem divulgado resultados que favorecem o governo quando comparados com pesquisas semelhantes feitas por outras companhias”, diz o pedido.  

Pimenta terá que explicar o investimento “desproporcional”, nas palavras do deputado. “Embora os contratos tenham sido firmados por meio de licitação, os pagamentos são feitos a critério do governo”, segundo o requerimento.



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