Dino diz que acordo sobre emendas ainda passará pelo plenário do STF

De acordo com o acordo estabelecido, a Câmara e o Senado terão um prazo de dez dias para regulamentar o repasse das emendas
Por: Brado Jornal 22.ago.2024 às 08h27
Dino diz que acordo sobre emendas ainda passará pelo plenário do STF
Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta quarta-feira (21) que o acordo recente com o Congresso Nacional sobre as emendas impositivas e as chamadas “emendas Pix” será submetido ao julgamento definitivo pelo plenário da Corte.

A decisão segue as reuniões realizadas pelo STF com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para resolver um impasse gerado por suspensões de pagamento das emendas impositivas. Essas emendas, que obrigam o governo federal a liberar recursos para órgãos indicados pelos parlamentares, estavam suspensas até que fossem atendidos critérios de rastreabilidade e transparência.

De acordo com o acordo estabelecido, a Câmara e o Senado terão um prazo de dez dias para regulamentar o repasse das emendas. Após esse período, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) terão a oportunidade de se manifestar sobre o caso.

O ministro Flávio Dino explicou que, uma vez que o Congresso cumpra as exigências estabelecidas, o plenário do STF avaliará o caso para uma decisão final. “Haverá uma nova decisão consolidando as condições estabelecidas, após análise pela AGU e PGR. A tendência é levar o caso para o plenário para julgamento definitivo”, disse Dino, destacando que as novas regras deverão melhorar o sistema de emendas.

O acordo estipula que as “emendas Pix” devem ser prioritariamente direcionadas para obras inacabadas, enquanto as emendas impositivas de bancadas serão destinadas a projetos estruturantes nos estados. Dino enfatizou que, embora o documento não tenha força normativa, a expectativa é que seja cumprido. “O acordo sinaliza o caminho para a resolução do processo, mesmo que as liminares ainda estejam em vigor”, acrescentou.

A decisão original de Flávio Dino, tomada em 14 de agosto, suspendeu o pagamento das emendas impositivas até que medidas de transparência fossem implementadas pelo Legislativo e Executivo. A suspensão visava evitar danos aos cofres públicos e garantir que apenas emendas para obras em andamento e situações de calamidade pública fossem pagas.

Além disso, em 1º de agosto, Dino também suspendeu as “emendas Pix”, que permitem transferências diretas para estados e municípios, exigindo a aplicação de critérios de transparência e rastreabilidade. A Controladoria-Geral da União (CGU) foi encarregada de realizar uma auditoria nos repasses dentro de um prazo de 90 dias.

Ambas as decisões de Dino foram confirmadas por unanimidade pelo plenário do STF em 16 de agosto, destacando o compromisso da Corte com a transparência e a responsabilidade na gestão de recursos públicos.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Conferência do clima da ONU inicia em Belém; entenda os desafios e as perspectivas para o combate às mudanças climáticas
Evento na Amazônia reúne milhares para definir ações concretas contra a crise ambiental global
Wagner Moura alerta para avanço da direita em 2026 durante visita a Portugal
Homenageado no festival de cinema de Lisboa, ator comenta polarização política e elogia Lula em entrevista
Trump é respondido por Barbalho: “é melhor agir do que postar”
Governador do Pará rebate crítica de presidente americano à COP30 em Belém
Primeira Turma do STF inicia julgamento de acusados no núcleo 3 do plano golpista
Supremo analisa denúncia contra nove militares do Exército e um policial federal envolvidos na tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro
STF rejeita tentativa de Renato Cariani de suspender processo por tráfico em São Paulo
Influenciador do setor fitness responde a acusações de associação para o tráfico, lavagem de capitais e tráfico de drogas na Justiça estadual
Alterações no Projeto Antifacção preocupam PF e Judiciário por possível proteção a apurações de emendas
PF monitora com apreensão mudanças propostas pelo relator no PL Antifacção
Carregando..