TCU autoriza continuidade de licitação da Secom, suspensa por suspeitas de vazamento de informações

Processo de R$ 197,7 milhões visa modernizar a comunicação digital do governo federal
Por: Brado Jornal 10.jan.2025 às 09h46
TCU autoriza continuidade de licitação da Secom, suspensa por suspeitas de vazamento de informações
Joédson Alves/Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou nesta quinta-feira (9) a continuidade de uma licitação no valor de R$ 197,7 milhões, conduzida pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). O processo estava suspenso desde julho após surgirem suspeitas de vazamento das propostas técnicas. A decisão foi tomada pelo ministro Aroldo Cedraz, às vésperas da troca de comando na Secom, com a saída do atual titular, Paulo Pimenta, e a entrada de Sidônio Palmeira.

Na decisão, Cedraz concluiu que não havia irregularidades suficientes para justificar a suspensão da licitação, afirmando que não foram encontrados elementos que comprovassem a ocorrência de ilícitos. Ele destacou que, apesar de haver "robustos indícios" de vazamento do sigilo das propostas, não foi possível identificar provas contundentes sobre quem teria cometido o ato.

A licitação visa à contratação de quatro empresas para modernizar a comunicação digital do governo federal, com o objetivo de ampliar a presença do governo nas redes sociais e oferecer informações segmentadas ao público. O processo foi suspenso depois que um jornalista do site "O Antagonista" publicou, de forma cifrada, os nomes das empresas vencedoras um dia antes da abertura das propostas. Esse episódio gerou um intenso debate sobre a segurança das informações e a integridade do processo licitatório.

Em abril, o jornalista divulgou as iniciais das empresas supostamente vencedoras, o que causou repercussão no meio político e gerou questionamentos sobre a transparência do processo. No entanto, após a desclassificação das empresas Moringa e Área Comunicação, as empresas Clara Digital e o consórcio Boas Ideais entraram em cena.

O ex-ministro Paulo Pimenta, responsável pela abertura da licitação, refutou as acusações e defendeu a transparência do processo, alegando que as denúncias de irregularidades foram impulsionadas por interesses políticos e econômicos. Ele também afirmou que não foi ouvido pelo TCU sobre as alegações.

Com a decisão do TCU, a Secom pode dar continuidade ao processo licitatório e seguir com a contratação das empresas para atuar na comunicação digital do governo federal. A decisão também ocorre no contexto de uma reestruturação na Secretaria, com Sidônio Palmeira assumindo a pasta a partir deste mês.



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