Ministro da Secom atribui queda de popularidade de Lula a toda a equipe de governo

Sidônio Palmeira, estrategista de comunicação do Planalto, minimiza recorde de desaprovação e responsabiliza ministros pela crise de imagem do presidente
Por: Brado Jornal 04.abr.2025 às 08h59
Ministro da Secom atribui queda de popularidade de Lula a toda a equipe de governo
Ricardo Stuckert/Agência Brasil

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, atribuiu a todos os ministros e áreas do governo a crescente desaprovação ao terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Contratado no início do ano para conter a queda da popularidade do petista, Sidônio minimizou os números negativos apontados por uma pesquisa divulgada nesta semana.  

“Eu acho que impopularidade tem responsabilidade de todos os ministros, todas as áreas, área política, gestão, comunicação, todo mundo. E isso não tem absolutamente nenhum problema”, afirmou Sidônio nesta quinta-feira (3), após um evento organizado pela Secom em Brasília.  

O encontro, batizado de “Brasil dando a volta por cima”, substituiu o antigo lema do governo, “União e reconstrução”, e teve forte tom eleitoral. Durante a cerimônia, foram exibidos relatos de beneficiários de programas sociais retomados por Lula, que reforçou a narrativa de ter herdado um país em “ruínas”.  

Sidônio, no entanto, negou que o evento tenha sido uma tentativa de reverter a queda da popularidade do presidente. “Esse evento não tem nada a ver com popularidade, é uma prestação de contas do governo federal”, afirmou.  

A declaração ocorre um dia após a pesquisa Quaest revelar um recorde de desaprovação a Lula. Mesmo diante do cenário adverso, o governo insiste na estratégia de comunicação liderada por Sidônio, que passou a intensificar o discurso contra a gestão anterior e reforçar as ações do Planalto.  

Nos bastidores, a postura do ministro tem gerado incômodo em setores do governo, que esperavam uma reação mais eficaz à crise de imagem do presidente. Lula, por sua vez, manteve sua linha de discurso ao criticar indiretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o evento, repetindo que recebeu um Brasil devastado.



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