Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), o médico-chefe da equipe cirúrgica que operou Jair Bolsonaro (PL), Claudio Birolini, afirmou que o procedimento realizado no sábado (12) no Hospital DF Star, em Brasília, não resolveu completamente o quadro do ex-presidente. Segundo ele, novas aderências intestinais são inevitáveis e devem se formar novamente no pós-operatório.
“As aderências vão se formar, isso aí é inevitável. Um paciente que tem um abdômen hostil, por mais que você solte tudo, essas aderências vão se formar”, declarou Birolini.
Bolsonaro passou por uma cirurgia de 12 horas para a liberação de aderências no intestino e reconstrução da parede abdominal. Apesar do sucesso técnico da operação, os médicos destacam que o estado exige cuidados intensivos e monitoramento constante, especialmente durante as primeiras 48 horas, consideradas críticas.
Birolini explicou que, mesmo com a intervenção, o processo de recuperação será lento e cauteloso:
“No pós-operatório imediato, essas aderências vão se formar e isso faz com que a recuperação nesses próximos dias seja um pouquinho mais lenta. A gente não tem nenhuma intenção de acelerar isso daí.”
Ele também ressaltou que a possibilidade de novas complicações a médio ou longo prazo não está descartada e será avaliada caso a caso.
O cardiologista Leandro Echenique, também presente na coletiva, classificou a cirurgia como “extremamente complexa” devido ao grau de aderência do intestino. “O resultado foi excelente. Não houve complicação, e todas as medidas preventivas estão sendo tomadas”, afirmou.
Até o momento, Bolsonaro segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...