Ex-prefeito pega carona em voo da FAB com Haddad em meio à disputa pela presidência do PT

Edinho Silva acompanhou o ministro da Fazenda em viagem oficial de Brasília a São Paulo; uso da aeronave está dentro das regras, diz governo
Por: Brado Jornal 16.abr.2025 às 07h49
Ex-prefeito pega carona em voo da FAB com Haddad em meio à disputa pela presidência do PT
Antônio Cruz/Agencia Brasil

O ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, candidato à presidência nacional do PT com o apoio do presidente Lula, viajou em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quinta-feira (10/4), em meio à disputa interna que agita os bastidores do partido.

O voo decolou de Brasília às 18h30 com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde pousou às 20h10, segundo registros da FAB. Além de Edinho e Haddad, havia outros 11 passageiros na aeronave, a maioria servidores vinculados à equipe econômica.

O embarque, como é de praxe para autoridades, ocorreu em área reservada da Base Aérea de Brasília, com desembarque em setor exclusivo da capital paulista.


Viagem dentro das normas

A assessoria de Haddad afirmou que o transporte de Edinho ocorreu dentro do previsto em decreto federal de 2020, que regula o uso de aeronaves da FAB por autoridades. O artigo 7º da norma permite o preenchimento de vagas ociosas por “qualquer cidadão”, desde que haja disponibilidade e não sejam preenchidas por integrantes do ministério.

“As solicitações para vagas ociosas são preenchidas de acordo com a disponibilidade, no caso de o ministério não preencher todas as vagas”, informou a Fazenda em nota.


Silêncio de Edinho e bastidores da eleição

Procurado pela reportagem, Edinho Silva não se manifestou sobre a carona no voo oficial. Desde que foi lançado por Lula como seu candidato à sucessão de Gleisi Hoffmann na presidência do PT, o ex-prefeito tem feito viagens frequentes a Brasília para se reunir com lideranças partidárias e tentar construir apoio em torno de seu nome.

A missão, no entanto, não tem sido fácil: Edinho enfrenta resistência até mesmo dentro da corrente interna do PT à qual pertence. Apesar de ser visto como favorito, sua candidatura vem sendo criticada por adversários dentro da legenda, como Washington Quaquá e Rui Falcão, que articulam alianças para barrar o avanço do nome apoiado por Lula.

Com a eleição marcada para julho, os próximos meses prometem embates intensos nos bastidores petistas — e, ao que tudo indica, até as caronas aéreas podem se tornar combustível político no processo.



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