Glauber Braga recorre à CCJ para barrar cassação e acusa relator de parcialidade

Deputado do PSOL pede arquivamento do processo no Conselho de Ética, afirma que parecer tem “vícios insanáveis” e alerta para “precedente perigoso” de censura parlamentar
Por: Brado Jornal 23.abr.2025 às 11h46
Glauber Braga recorre à CCJ para barrar cassação e acusa relator de parcialidade
Lula Marques/Agencia Brasil

O deputado Glauber Braga (PSOL‑RJ) protocolou na noite de terça‑feira (22) um recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pedindo o arquivamento do processo que recomenda sua cassação por quebra de decoro. O Conselho de Ética aprovou, em 10 de abril, relatório do deputado Paulo Magalhães (PSD‑BA) que sugere a perda do mandato por suposta agressão a um militante do MBL nos corredores da Casa.


Principais argumentos do recurso

  • Suspeição do relator — A defesa alega “parcialidade flagrante” de Magalhães e pede anulação de todos os atos conduzidos por ele, por estarem “eivados de nulidade absoluta”.
  • Ausência de provas concretas — Segundo o texto, não há registro audiovisual que confirme chutes ou empurrões; testemunhas seriam contraditórias.
  • Violação ao contraditório — O parecer não discriminaria fatos específicos, inviabilizando contestação adequada.
  • Risco à liberdade de expressão parlamentar — Braga diz que a cassação por maioria eventual pode criar “precedente perigoso” de silenciamento político.


Próximos passos

  • Prazo da CCJ: 5 dias úteis para decidir se arquiva ou mantém o processo.
  • Plenário: se a CCJ negar o recurso, o caso vai ao plenário, onde são necessários 257 votos para cassação.
  • PSOL: estuda acordo por pena alternativa (suspensão temporária).


Contexto do caso

O incidente ocorreu em 3 de abril, durante audiência pública sobre segurança nas escolas. O militante do Movimento Brasil Livre registrou Boletim de Ocorrência alegando agressão; Braga nega violência física e diz ter apenas “contido provocações”.

Caso avance ao plenário, este será o primeiro teste da nova legislatura sobre limites do discurso combativo dentro da Câmara — e pode redefinir o alcance das punições por confrontos entre parlamentares e ativistas.



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