A primeira-dama Janja Lula da Silva revelou ter ficado profundamente abalada ao saber da morte do papa Francisco, ocorrida na madrugada de segunda-feira (21). Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, publicada nesta terça-feira (22), Janja disse que "um filme passou pela cabeça" ao lembrar do papel fundamental do pontífice durante o período em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve preso.
“O papa falava bastante sobre a prisão política [de Lula]. Não por acaso, a 1ª viagem que meu marido fez ao sair da prisão foi para ir ao encontro do papa”, contou, emocionada.
Janja lembrou a troca de correspondências entre Lula e o papa durante os 580 dias de prisão do petista em Curitiba, e destacou a relevância espiritual e política do apoio de Francisco.
“Foi a mensagem de um líder espiritual, para [Lula] saber ‘Deus está contigo’. Isso deu muita força para ele.”
O primeiro encontro presencial entre Lula e o papa ocorreu em fevereiro de 2020, no Vaticano, antes de Lula conquistar seu 3º mandato. Eles voltaram a se encontrar em 2023 e 2024, já com Lula na Presidência, acompanhados por Janja.
Segundo Janja, ela soube da morte ao acordar na segunda-feira de feriado:
“Desativei o ‘não perturbe’ e vi mensagens do ajudante de ordens e da embaixatriz Luciana. Na hora eu já pensei: ‘O papa faleceu’.”
Ela ainda relatou que esteve com Francisco pela última vez em fevereiro de 2025, logo após o papa sair do hospital. Na ocasião, conversaram sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
“Foi um encontro emocionante.”
Janja também revelou que decidiu fechar seu perfil no Instagram em março após receber comentários ofensivos numa publicação em que rezava pela saúde do papa:
“Quando vi comentários de gente desejando a morte do papa Francisco, eu falei: ‘não, não dá’. Minha saúde mental estava ficando abalada.”
Em vida, Francisco solicitou que seu enterro fosse simples e fora do Vaticano, rompendo com mais de um século de tradição. O Vaticano confirmou que o sepultamento será no sábado (26.abr) na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. A Missa das Exéquias acontecerá às 10h (5h em Brasília), no átrio da Basílica de São Pedro.
O enterro será precedido pelos ritos da Última Commendatio e da Valedictio, abrindo os nove dias de luto oficial conhecidos como Novendiali.
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