Ministro do STF decide manter afastamento de desembargadores do TJMS investigados por venda de sentenças

Os magistrados estão afastados desde outubro de 2023, após a Operação Ultima Ratio, que apura esquema de corrupção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul
Por: Brado Jornal 25.abr.2025 às 09h40
Ministro do STF decide manter afastamento de desembargadores do TJMS investigados por venda de sentenças
Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, decidiu manter o afastamento de desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), que estão sendo investigados por suposta venda de sentenças. A decisão segue no contexto da Operação Ultima Ratio, da Polícia Federal (PF), que apura um esquema de corrupção e comercialização de decisões judiciais dentro do TJMS.

Os desembargadores foram afastados de suas funções desde outubro de 2023, e a medida foi renovada após a PF apresentar evidências suficientes para o indiciamento dos magistrados. O afastamento permanecerá válido até que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a situação de cada um dos investigados.

De acordo com a PF, os magistrados envolvidos são suspeitos de cometer crimes graves relacionados à venda de decisões judiciais, o que justifica a continuidade das medidas cautelares. Além do afastamento, os desembargadores continuam proibidos de acessar as dependências e sistemas do TJMS, e são obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas, além de estarem proibidos de manter contato com outros investigados.

Os desembargadores afastados são:

  • Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJMS

  • Vladimir Abreu da Silva

  • Alexandre Aguiar Bastos

  • Sideni Soncini Pimentel

  • Marco José de Brito Rodrigues

A Operação Ultima Ratio, deflagrada em outubro de 2023, cumpriu 44 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, como Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT), contra magistrados, servidores públicos, advogados e empresários suspeitos de se beneficiar do esquema de corrupção.

A investigação começou em 2021 e recebeu o nome "Ultima Ratio", inspirado no princípio do direito que diz que a Justiça deve ser o último recurso do Estado para combater a criminalidade.



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