Durante uma sessão da Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado nesta quinta-feira, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, protagonizaram um embate acalorado. A audiência tinha como objetivo esclarecer as fraudes envolvendo descontos não autorizados aplicados a aposentados e pensionistas do INSS, recentemente expostas pela Polícia Federal.
Moro questionou Queiroz sobre supostas ligações com indivíduos investigados por subornos a altos funcionários do INSS durante a gestão do ex-ministro Carlos Lupi (PDT), quando Queiroz atuava como secretário da Previdência. O senador mencionou nomes como Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca”, Danilo Trento e Maurício Camisotti. Em resposta, Queiroz afirmou não se recordar de qualquer contato com essas pessoas.
O tom da discussão escalou quando Queiroz trouxe à tona uma denúncia de 2020, época em que Moro era ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. “Assisti ontem ao Jornal Nacional, e um servidor relatou à Polícia Federal, em 2020, fraudes e descontos indevidos. O senhor, que era ministro na ocasião, tomou alguma providência?”, provocou o ministro.
A troca de acusações continuou, com ambos insinuando omissão em seus respectivos cargos. “Quem se omitiu foi o senhor! As denúncias chegaram ao seu conhecimento, e o senhor, homem de confiança de Lupi, nada fez”, retrucou Moro. A tensão só foi contida quando o presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR), interveio, pedindo respeito e a retomada da ordem na sessão.
Queiroz, recém-empossado no lugar de Lupi, compareceu à CTFC para detalhar ações contra as fraudes bilionárias no INSS, mas o confronto com Moro dominou a audiência.
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