O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, recusou, no sábado (17.mai.2025), a solicitação da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para postergar os depoimentos no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A defesa argumentou que o volume de provas, incluindo 3 links com cerca de 40 terabytes de dados enviados pela Polícia Federal (PF) nos dias 14 e 15 de maio, torna impossível a análise no prazo estipulado, prejudicando o direito de defesa. Esses documentos foram fornecidos a pedido do próprio Moraes, relator do caso. As audiências de testemunhas estão agendadas para iniciar na segunda-feira (19.mai) e prosseguir até o final do mês.
Em sua decisão, Moraes afirmou que a disponibilização do material não impacta o curso do processo nem modifica as acusações formuladas pela Procuradoria Geral da República (PGR). “A entrega desse conteúdo não altera os fatos descritos na denúncia do Ministério Público, fundamentada nas provas já analisadas pelo Judiciário na fase de recebimento da acusação. A instrução probatória começará com as oitivas das testemunhas indicadas”, destacou o ministro.
Os depoimentos serão conduzidos por videoconferência, sem transmissão pública. A imprensa, incluindo veículos nacionais e internacionais, poderá acompanhar as sessões por meio de um telão na sala da 1ª Turma do STF. Contudo, jornalistas credenciados estão proibidos de gravar o conteúdo.
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