O Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, manteve a prisão preventiva do ex-ministro Walter Braga Netto, réu nas investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Preso desde dezembro de 2024, o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PL) é acusado de tentar interferir nas investigações e acessar informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
Moraes justificou a decisão destacando que a liberdade de Braga Netto representa um “perigo” ao andamento do processo, especialmente após o depoimento do tenente-brigadeiro Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica. Segundo Baptista Júnior, Braga Netto teria orientado militares a pressioná-lo, bem como sua família, por sua oposição ao plano golpista. O ministro reforçou que os requisitos para a prisão preventiva permanecem válidos, considerando as audiências recentes com testemunhas.
A defesa de Braga Netto, que apresentou o segundo pedido de liberdade provisória em março, após ele se tornar réu no STF, reagiu com indignação à decisão proferida nesta quinta-feira. Em nota, os advogados argumentam que a prisão fere a presunção de inocência e contraria a jurisprudência do STF. Eles citam que a justificativa da prisão inclui uma suposta mensagem de 2022, na qual Braga Netto teria ofendido Baptista Júnior, e a tentativa de acessar uma delação que já é pública, o que, segundo a defesa, invalidaria a fundamentação da custódia. A equipe jurídica anunciou que recorrerá da decisão.
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