O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou, no último sábado (24.mai.2025), apoio à regulamentação das redes sociais no Brasil, enfatizando a necessidade de discutir o tema com o Congresso Nacional. A declaração ocorre em meio ao aumento do debate sobre o assunto, impulsionado por comentários da primeira-dama, Janja Lula da Silva, durante um jantar com o presidente chinês, Xi Jinping, em 12 de maio, em Pequim.
Durante o lançamento do programa Solo Vivo, em Mato Grosso, Lula afirmou: “Precisamos debater com o Congresso a responsabilidade de regular as empresas de aplicativos no Brasil. Tudo tem controle, menos essas plataformas.” Ele relacionou a proposta à recente decisão do governo de proibir celulares nas escolas de ensinos fundamental e médio, sancionada em janeiro, visando proteger os jovens. “Sabemos o prejuízo que as redes podem causar. Vi o caso de uma menina que quase se matou após ser atacada online. As ofensas e provocações são inúmeras”, destacou.
Lula também criticou o ambiente de “mentiras, agressividade e fake news” nas redes, que, segundo ele, prejudicam a democracia. “Temos o dever de garantir que a verdade prevaleça sobre a mentira e a canalhice”, afirmou, apontando para a necessidade de combater a desinformação.
Janja e a conversa com Xi Jinping
A discussão sobre regulação ganhou destaque após Janja abordar o impacto das redes sociais, especialmente sobre mulheres e crianças, durante o jantar com Xi Jinping. Segundo Lula, ele próprio perguntou ao líder chinês sobre o TikTok, plataforma da empresa ByteDance. O vazamento dessa conversa para a imprensa gerou críticas da oposição, que acusa Janja e o governo de tentar limitar a liberdade nas redes.
Em entrevista ao podcast “Se ela não sabe, quem sabe?” da Folha de S. Paulo, Janja revelou detalhes do diálogo com Xi Jinping. Segundo ela, o presidente chinês mencionou que, apesar da forte regulação na China, há desafios com as redes sociais. “Ele disse que lá há leis rígidas, com punições e até prisões. Aqui, por que é tão difícil discutir isso? Não é sobre liberdade de expressão, mas sobre proteger vidas, especialmente de crianças”, afirmou a primeira-dama. A fala intensificou críticas da oposição, que vê nas propostas do governo uma tentativa de restringir o uso das plataformas digitais.
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