Governador da Bahia rejeita enquadramento de facções como terroristas

Jerônimo Rodrigues critica proposta e defende unidade na segurança pública
Por: Brado Jornal 04.nov.2025 às 11h00
Governador da Bahia rejeita enquadramento de facções como terroristas
Foto: Política Livre
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), manifestou oposição à classificação de facções criminosas como organizações terroristas, ao comentar os efeitos da grande operação policial realizada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho. Para ele, essa abordagem poderia reacender discussões sobre a soberania nacional brasileira.

“Ato terrorista, colocando-se agora, pode expor o país a novo debate sobre soberania. Na medida em que a gente coloca esse tema de terrorismo em um ambiente que é de facção, que é de crime organizado, a gente mistura as coisas, e a gente abre a possibilidade de novamente alguns países quererem vir para invadir a nossa soberania e a nossa nacionalidade”, declarou o governador nesta segunda-feira (3), durante a abertura do Mês Nacional do Júri 2025 no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), em Salvador, ao lado do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.

Na mesma data, dados da pesquisa Genial/Quaest revelaram que 72% dos residentes no Rio de Janeiro apoiam o enquadramento das facções criminosas como entidades terroristas.A visão de Jerônimo alinha-se à posição do governo federal, expressa pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na quarta-feira anterior (29), que rejeita a fusão entre crime organizado e terrorismo diferentemente da sugestão feita pelo governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL).

“Então, eu só coloco uma coisa, não é hora de a gente poder ficar partidarizando o tema da segurança pública”, afirmou Jerônimo nesta segunda.

Mesmo assim, o governador baiano demonstrou compromisso em apoiar as diretrizes do governo Lula. “Não temos que soltar a mão de um projeto público, temos que ir para dentro, fazer a boa disputa, porque nesse momento não dá para a gente imaginar que é hora de usar a situação dessa para fazer eleições, fazer política partidária, não combina com o horário. A hora é indevida para isso, a hora agora é de unir as forças, colocarmos as nossas diferenças da concepção de segurança pública na mesa”, enfatizou.


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