A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, detalhou, durante evento na Universidade de Brasília (UnB) nesta segunda-feira (2), os motivos que a levaram a deixar uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado na última semana. Em confronto com o senador Plínio Valério (PSDB-AM), ela enfrentou o que classificou como atitudes de “machismo e racismo”, considerando sua permanência na sessão um “ultraje”.
Convidada para discutir a criação de uma unidade de conservação marinha na Margem Equatorial, Marina foi alvo de comentários do senador, que afirmou: “A mulher merece respeito, a ministra, não.” A ministra rebateu no momento, com o microfone desligado: “Eu sou as duas coisas. O senhor está falando com as duas.”
Oportunidade de retratação negada
Marina relatou que deu ao senador a chance de se retratar. “Pedi que ele se desculpasse. Disse que, se o fizesse, eu permaneceria. Como ele recusou, me retirei”, explicou. Para a ministra, ficar na audiência seria compactuar com o desrespeito. “Permanecer seria aceitar uma visão misógina, machista e racista, que todas nós devemos repudiar”, afirmou.
Apoio do governo e impacto do episódio
Após o ocorrido, diversas autoridades do governo federal manifestaram solidariedade à ministra, que descreveu a situação como uma agressão sofrida durante o exercício de suas funções no Ministério do Meio Ambiente. O episódio gerou debate sobre o tratamento dispensado a figuras públicas, especialmente mulheres e negras, em espaços institucionais.
Marina reforçou a importância de combater posturas discriminatórias e destacou que o incidente reflete desafios que vão além do ambiente parlamentar, exigindo uma resposta coletiva contra o preconceito.
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