Em discurso contundente na quinta-feira (5), o prefeito de Salvador, Bruno Reis, criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) e o senador Jaques Wagner pelas promessas não realizadas no estado, como a Ponte Salvador-Itaparica, o Porto Sul, em Ilhéus, e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Reis destacou que, após duas décadas de gestão petista, nenhuma dessas obras foi concluída. “Vinte anos é mais que suficiente para entregar esses projetos. O que falta é competência”, afirmou.
Reis lembrou que o PT assumiu o governo da Bahia em 2006 com essas três grandes obras como carro-chefe de suas promessas eleitorais, mas os resultados são praticamente inexistentes. “A Fiol teve início, mas agora está parada. O Porto Sul não tem nem uma base de concreto. Já a ponte, o que existe é uma sondagem que revelou rochas maleáveis no fundo do mar, exigindo ajustes no projeto e, possivelmente, custos extras”, disse. Apesar de apoiar essas iniciativas, o prefeito cobrou resultados concretos.
Falta de apoio federal não é desculpa, diz prefeito
O prefeito também rebateu a justificativa petista de que a ausência de apoio federal impede a execução de grandes obras. Ele apontou que, dos 20 anos de governo do PT na Bahia, pelo menos 14 contaram com alinhamento político no Governo Federal. “Eu, em cinco anos como prefeito, sem apoio de governador ou presidente, transformei Salvador com grandes obras. Não há desculpas. Falta capacidade”, declarou.
Gestão de expectativas e entregas
Bruno Reis criticou a estratégia do governo estadual de anunciar projetos sem estudos de viabilidade, citando exemplos como o VLT Salvador-Alagoinhas e a extensão do metrô até o Campo Grande. “Eles criam expectativas, mexem com os sentimentos das pessoas, sem saber se a obra é viável. Eu só anuncio quando a obra está pronta para começar”, afirmou. Ele destacou que sua gestão evita promessas vagas, como fez com o Centro de Convenções de Salvador e o BRT, e planeja repetir o modelo com o novo Centro de Convenções no Centro Histórico, cuja obra depende de sondagens e aprovação de financiamento pelo BIRD.
Diferenças de gestão
Reis enfatizou a diferença entre sua administração e a do governo estadual: “Enquanto eles vendem sonhos, nós entregamos”. Ele afirmou que só convoca a imprensa para ordens de serviço de obras prontas para iniciar, evitando frustrações. “O governo estadual está em baixa, com desaprovação maior que aprovação, e tenta culpar a oposição. Mas o povo da Bahia vai julgar no próximo ano”, concluiu.
A fala de Reis reforça o embate político com o PT e coloca em xeque a gestão estadual, em um momento de crescente insatisfação popular com promessas não cumpridas.
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