O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, após depor à 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (10.jun.2025), que está confiante em se tornar o “próximo presidente da República”. Investigado por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que resultaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro negou qualquer irregularidade e afirmou ter agido dentro dos limites da Constituição.
Em uma postagem nas redes sociais logo após o interrogatório, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, Bolsonaro destacou sua postura durante o depoimento. “Saio do tribunal tranquilo e mais confiante de que serei o próximo Presidente da República para ajudar a tirar nosso país dessa bagunça”, escreveu. Ele enfatizou ter respondido a todas as perguntas com transparência: “Não invoquei silêncio. Não busquei subterfúgios. Respondi a cada pergunta com transparência e convicção. Quem tem a verdade como companheira não teme ser questionado – e jamais se curva diante da injustiça”.
Discussão sobre GLO e defesa
No depoimento, Bolsonaro admitiu ter se reunido com os ex-comandantes das Forças Armadas — Freire Gomes (Exército), Baptista Júnior (Aeronáutica) e Almir Garnier (Marinha) — para avaliar a possibilidade de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ele sustentou, contudo, que a discussão ocorreu dentro do marco constitucional, sem qualquer intenção de promover um golpe.
O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, reforçou a posição do ex-presidente ao falar com a imprensa após a sessão. “É impossível cogitar um golpe a partir da análise de medidas previstas na Constituição”, afirmou. Vilardi destacou que o depoimento demonstrou a ausência de atos ilícitos: “O fato é que essas medidas foram rechaçadas, como o próprio presidente explicou. Ficou evidente que ele não praticou nenhum ato que possa ser criminalizado”.
Contexto da investigação
A investigação no STF apura se Bolsonaro e aliados tentaram subverter o resultado das eleições de 2022. O depoimento do ex-presidente é uma etapa crucial do processo, que busca esclarecer as ações tomadas após a derrota eleitoral. A defesa sustenta que Bolsonaro manteve uma postura “clara, firme e verdadeira”, reforçando que não há evidências de crime em suas condutas.
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