Em entrevista à Brado Rádio nesta segunda-feira (16), às 12h27, Mauro Cardim, potencial candidato ao governo da Bahia pelo partido Missão, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), apresentou propostas ambiciosas para a segurança pública e a educação, além de traçar estratégias políticas para as eleições de 2026. Com críticas contundentes ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), Cardim afirmou que o atual gestor foi “o pior secretário de Educação da Bahia” e que sua administração estadual reflete essa ineficiência. Ele também destacou o papel do Missão na construção de uma nova direita no estado.
Educação como prioridade
Cardim colocou a educação no centro de sua plataforma, prometendo uma “revolução” no sistema educacional baiano. “A Bahia amarga o 22º lugar no IDEB do ensino médio, com nota 3,7, muito abaixo da média nacional. Ele propôs parcerias com a iniciativa privada para modernizar a infraestrutura escolar e ampliar o acesso à internet nas unidades rurais, além de programas de capacitação contínua para docentes.
O candidato também defendeu a introdução de disciplinas como empreendedorismo e educação financeira no currículo, visando preparar os jovens para o mercado de trabalho. “Quero uma educação que forme cidadãos críticos e prontos para transformar a Bahia, não apenas números para estatísticas”, afirmou. Cardim destacou a necessidade de combater a evasão escolar, que atingiu 11,8% no ensino médio em 2024, segundo o IBGE, com ações como transporte escolar eficiente e apoio psicossocial aos estudantes.
Críticas a Jerônimo Rodrigues
Cardim não poupou o governador Jerônimo Rodrigues, a quem acusou de ser “o pior secretário de Educação da história da Bahia”. Ele citou a gestão de Jerônimo na Secretaria de Educação (2019-2022), marcada por greves de professores, atrasos salariais e falta de investimentos em infraestrutura. “Jerônimo deixou as escolas sucateadas e os professores desmotivados. Não podia esperar algo melhor à frente do estado”, disparou. Ele apontou que, sob o governo atual, a Bahia segue com indicadores educacionais estagnados e um aumento de 8% na violência nas escolas em 2024, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública.
O candidato também criticou a ineficiência na execução de recursos federais. “Entre 2019 e 2022, a Bahia usou apenas 19% dos R$ 102,3 milhões repassados pelo Ministério da Justiça para segurança, e na educação o cenário é semelhante. É um governo que não sabe gerir”, afirmou, referindo-se a relatórios do Ministério da Educação que mostram subutilização de verbas do FUNDEB. Cardim ainda questionou a falta de transparência em incentivos fiscais, como os concedidos à refinaria Gran Bahia, em Camaçari, sem clareza sobre investidores. “É um governo de acordos obscuros, que esquece o povo”, disse.
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