Na madrugada de quinta-feira (19), criminosos invadiram a fazenda Guaíba, em São Francisco do Conde, mataram sete bois e abandonaram cabeças e vísceras no local, levando apenas a carne. Essa é a segunda invasão à propriedade em dois meses – em maio, cinco animais já haviam sido abatidos. O prejuízo, segundo Luiz Bahia Filho, um dos proprietários, chega a R$ 60 mil. A fazenda Engenho Novo, na mesma cidade, também registrou a morte de dez bois em ataques semelhantes em fevereiro e setembro de 2024.
No Recôncavo baiano, quadrilhas especializadas em furto de gado têm espalhado medo entre produtores rurais. Neto Bahia, presidente da União Agro Bahia (Unagro), relata que, desde janeiro, ocorrem de duas a três invasões por mês, com três a dez animais mortos por ataque. “Esses crimes geram enormes prejuízos a quem investe no setor agropecuário, essencial para a economia da Bahia”, destaca.
Proprietários registraram boletins de ocorrência, mas as investigações seguem sem identificar os responsáveis. A Polícia Civil, por meio da 21ª Delegacia Territorial (DT/São Francisco do Conde), informou que realiza diligências e oitivas para esclarecer o caso. A Polícia Militar, quando contatada, direcionou a questão à Polícia Civil.
Neto Bahia já solicitou uma audiência com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para cobrar medidas. “Tivemos três reuniões, mas a situação está longe de ser controlada. Há indícios de múltiplas quadrilhas atuando, e a segurança rural precisa ser reforçada”, afirma.
Em maio, a “Operação Agro”, conduzida pela 37ª Delegacia Territorial (DT/São Sebastião do Passé) em Lauro de Freitas, prendeu dois suspeitos de abigeato, cumpriu três mandados de busca e apreendeu drogas e metralhadoras. Apesar da ação, o problema persiste, deixando fazendeiros em alerta e sem perspectivas de solução imediata.
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