Em uma mensagem privada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator na apuração de uma tentativa de golpe de Estado, afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “destruiu sua vida” e, por isso, agiria motivado por vingança. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles.
A declaração foi enviada via Instagram ao advogado Eduardo Kuntz, que representa Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro. Kuntz registrou o diálogo em ata notarial, e o documento foi incluído na ação penal que investiga Bolsonaro e aliados por tentarem subverter a democracia. Segundo Cid, Moraes teria confidenciado ao comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, próximo ao ministro, que se sentia pessoalmente afetado pelo ex-presidente. Essa conversa teria sido relatada ao general Lourena Cid, pai de Mauro, que informou o tenente-coronel. Na mensagem, Cid escreveu: “Moraes quer destruir o presidente e seu círculo próximo”.
Cid também criticou a prisão de Marcelo Câmara, chamando-a de “vergonhosa” e sugerindo que Moraes a mantém por “raiva e ódio”, sem intenção de liberá-lo tão cedo. Câmara foi detido pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira, 18 de junho de 2025, por ordem de Moraes, após violar medidas cautelares de sua liberdade provisória, concedida em maio de 2024.
A defesa de Bolsonaro busca invalidar a delação premiada de Cid, alegando que ele não poderia ter contatado advogados de outros investigados durante o processo. No entanto, fontes do STF indicam que as provas obtidas pela colaboração de Cid podem ser mantidas, mesmo se ele perder os benefícios do acordo.
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