Christopher Smith, deputado republicano e presidente da Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos no Congresso dos EUA, exigiu sanções imediatas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em carta enviada ao secretário de Estado Marco Rubio na quarta-feira (25.jun.2025), Smith acusou Moraes de liderar uma “repressão transnacional” contra brasileiros em território americano.
A demanda foi motivada pelo depoimento do jornalista Paulo Figueiredo, um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe de Estado, durante audiência na comissão na terça-feira (24.jun). Figueiredo alegou ser alvo de perseguição por Moraes desde 2019, com bens bloqueados, passaporte cancelado, redes sociais suspensas e vivendo em “exílio” nos EUA.
Smith destacou que autoridades brasileiras utilizam a Interpol para perseguir opositores no exterior e pressionam empresas americanas a limitar a liberdade de expressão. Ele também apontou tentativas do governo brasileiro de impor decisões judiciais do Brasil para censurar manifestações protegidas pela Constituição dos EUA, classificando tais ações como “repressão transnacional”.
O congressista mencionou que uma carta enviada a Moraes em junho de 2024, pedindo esclarecimentos sobre suas decisões judiciais, não obteve resposta. Em maio de 2025, Rubio indicou que há “grande chance” de sanções contra Moraes com base na Lei Global Magnitsky, que permite punir autoridades estrangeiras por corrupção ou violações graves de direitos humanos, como bloqueio de bens e suspensão de vistos.
Eduardo Bolsonaro nos EUA
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), residente nos EUA desde maio de 2025, é investigado por ordem de Moraes por suposta obstrução de investigações e coação. Ele nega as acusações e afirma sofrer perseguição política. Eduardo pediu licença da Câmara em março, sem receber salário, alegando que se mudou para buscar sanções contra violadores de direitos humanos no Brasil.
A Polícia Federal tentou, sem sucesso, intimá-lo sobre o inquérito, utilizando e-mail, telefone e WhatsApp. Eduardo declarou que só retornará ao Brasil quando Moraes for sancionado pelos EUA.
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