Na semana em que o governo Lula sofreu uma derrota no Congresso, com a derrubada do decreto que elevava a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o Planalto liberou R$ 1,15 bilhão em emendas parlamentares entre segunda e quarta-feira. Apesar do esforço financeiro, os recursos não foram suficientes para garantir o apoio dos parlamentares, que aprovaram a suspensão do aumento do imposto.
O projeto de decreto legislativo que revogou o aumento do IOF foi aprovado na quarta-feira (23.jun.2025) com ampla margem na Câmara, por 383 votos a 98, e por votação simbólica no Senado. A proposta ganhou força na noite de terça-feira, em meio a tensões entre o Congresso e o governo, agravadas por um projeto que pode encarecer as contas de luz. Parlamentares expressaram insatisfação, acusando o Planalto de transferir para o Legislativo o ônus político de medidas impopulares, como o aumento das tarifas de energia.
Até 23 de junho, o governo havia empenhado apenas R$ 776 milhões em emendas em 2025, valor considerado baixo pelos congressistas, que têm pressionado por mais recursos. Com a liberação de mais R$ 1,15 bilhão nos três dias anteriores à votação, o total empenhado no ano chegou a R$ 1,9 bilhão. Ainda assim, o montante não evitou a derrota do governo na questão do IOF.
A votação, originalmente não prevista devido às festividades de São João, foi incluída na pauta após o acirramento do embate entre o Executivo e o Legislativo, evidenciando a insatisfação de deputados e senadores com as estratégias do governo.
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