O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou à Justiça argentina permissão para visitar a ex-presidente Cristina Kirchner (Partido Justicialista), que cumpre prisão domiciliar desde 17 de junho de 2025, após a Suprema Corte confirmar sua condenação a seis anos por desvio de recursos públicos. A resposta ao pedido ainda não foi divulgada. Lula, que estará em Buenos Aires na próxima quarta-feira (2.jul) para a cúpula do Mercosul no dia seguinte, manifestou apoio a Kirchner em uma ligação telefônica após a decretação de sua prisão.
Segundo ele, a ex-presidente estava “serena” e “determinada” diante do cenário. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que a visita não está prevista na agenda oficial da comitiva brasileira. O PT considera Kirchner “vítima de perseguição político-judicial” e enviou o deputado federal Paulo Pimenta (RS), ex-ministro da Secom, a um ato em apoio à ex-presidente no dia 18 de junho, em frente à sua residência, onde ela cumpre a pena.
Condenação de Cristina Kirchner
Em 10 de junho, a Suprema Corte da Argentina rejeitou por unanimidade um recurso de Kirchner, mantendo a sentença por desvio de fundos públicos. A acusação aponta que ela direcionou licitações de obras rodoviárias na Patagônia para empresas ligadas a Lázaro Báez, amigo e sócio da família Kirchner. Muitas dessas obras jamais foram concluídas ou foram canceladas, gerando prejuízo estimado em US$ 1 bilhão ao erário argentino. O Ministério Público destacou o aumento patrimonial de Báez, cujo patrimônio pessoal cresceu 12.000% e sua empresa 46.000% entre 2004 e 2015, período em que venceu 51 licitações.
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