A relação entre o governo Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pode enfrentar nova crise caso o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro seja colocado em pauta. Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), Motta se comprometeu a levar o texto à votação, que vem sendo elaborado em sigilo com Jair Bolsonaro, embora sem incluir benefícios ao ex-presidente, que enfrenta julgamento no STF por suposta trama golpista.
“Uma atitude como essa será vista como uma declaração de guerra”, afirmou um ministro do Palácio do Planalto, destacando que a votação da anistia logo após a derrota do governo no IOF poderia agravar o embate com o Congresso. Apesar disso, o governo tem buscado apaziguar a situação. Nesta quarta-feira, a ministra Gleisi Hoffmann usou as redes sociais para elogiar a aprovação de uma Medida Provisória que destina até R$ 15 bilhões do Fundo Social do pré-sal para habitação popular e autoriza leilões de óleo e gás excedente, atendendo a reclamações de Motta sobre a falta de reconhecimento do governo às pautas aprovadas no Legislativo.
No PL, há otimismo sobre a tramitação rápida do projeto. Desde junho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) assegura a aliados que a anistia será votada em tempo recorde na Câmara e no Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) também estaria participando das articulações.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...