Na manhã desta sexta-feira (18.jul.2025), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, e na sede do Partido Liberal (PL), onde foram apreendidos US$ 14 mil, R$ 8 mil em espécie e um pen drive escondido em um banheiro. A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, integra o inquérito que investiga suposta tentativa de golpe de Estado, além de crimes como coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataques à soberania nacional. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, na segunda-feira (14.jul.2025), alegações finais pedindo a condenação de Bolsonaro por cinco crimes.
Bolsonaro, réu no STF, foi submetido a medidas cautelares, incluindo uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acessar redes sociais, restrição de contato com seu filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, e veto a comunicação com diplomatas ou embaixadas. A PF também investiga a possibilidade de os valores apreendidos serem destinados a uma eventual fuga do país, embora manter dinheiro em casa não seja ilegal, desde que valores acima de US$ 10 mil sejam declarados ao entrar ou sair do Brasil.
Durante a operação, os agentes encontraram a cópia de uma petição inicial de uma ação movida pela plataforma Rumble, em conjunto com o Trump Media & Technology Group, contra Alexandre de Moraes nos Estados Unidos, reforçando a tensão internacional envolvendo o caso. A defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Celso Vilardi, manifestou “surpresa e indignação” com as medidas e informou que só se pronunciará após acessar a decisão judicial. “Estou pedindo ao STF acesso integral à decisão sobre as medidas judiciais de hoje. Ele só irá se manifestar depois disso”, afirmou Vilardi.
A operação também reflete a crise diplomática com os Estados Unidos, intensificada após o presidente Donald Trump impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, classificando o processo contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas” que deveria “acabar imediatamente”. O STF justificou as medidas cautelares citando riscos de fuga e ataques à soberania nacional.
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