Médicos da Bahia entram em greve contra mudanças trabalhistas

Paralisação em cinco hospitais estaduais começa na quinta-feira devido à substituição de contratos CLT por vínculos PJ
Por: Brado Jornal 28.jul.2025 às 10h24
Médicos da Bahia entram em greve contra mudanças trabalhistas
Crédito: Divulgação/Sesab
A decisão de iniciar uma greve foi tomada pelo Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) em assembleia realizada na noite de 24 de julho. A paralisação, que envolve médicos de cinco hospitais estaduais, está marcada para começar às 0h de quinta-feira, 31 de julho. A medida é uma resposta à proposta do Governo do Estado de substituir os contratos celetistas, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), por vínculos de pessoa jurídica (PJ), que não incluem benefícios como 13º salário e licença-maternidade.

Cerca de 500 médicos que atuam no Hospital Geral do Estado (HGE), Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), Maternidade Albert Sabin (MAS), Maternidade Tsylla Balbino (MTB) e Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) serão impactados pelo fim do contrato de oito anos entre a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).

Esses hospitais, que realizam mais de 82 mil atendimentos anuais e atendem pacientes de alta complexidade de todo o estado, incluem o HGRS, o maior hospital público das regiões Norte e Nordeste.

Segundo nota do Sindimed-BA, a greve foi aprovada por unanimidade após fracasso nas negociações com o governo. “Diante da frustração nas negociações com o Governo do Estado, foi deliberado, por unanimidade, que haverá, nas aludidas unidades, restrição de atendimentos das fichas verdes e azuis, bem como dos procedimentos eletivos. As comunicações estão sendo feitas dentro do prazo estabelecido no ordenamento jurídico”, informou o sindicato.

Em julho, quando os médicos sinalizaram a possibilidade de paralisação, a Sesab afirmou que a transição contratual foi comunicada previamente aos hospitais e será realizada de forma escalonada, garantindo que não haverá “qualquer prejuízo à assistência nas unidades”. A secretaria foi novamente contatada após a confirmação da greve, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para esclarecimentos.


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