Brasil busca diálogo com EUA para evitar tarifas de 50% anunciadas por Trump

Sobre um possível contato direto entre Lula e Trump, Haddad destacou que os canais diplomáticos estão abertos
Por: Brado Jornal 29.jul.2025 às 14h00
Brasil busca diálogo com EUA para evitar tarifas de 50% anunciadas por Trump

O Brasil está aberto a negociações com os Estados Unidos para contornar as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, previstas para entrar em vigor em 1º de novembro, conforme anunciado pelo presidente eleito Donald Trump. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou, nesta terça-feira, 29, que o governo brasileiro nunca deixou de buscar o diálogo. Em conversa com jornalistas na saída do Ministério da Fazenda, Haddad afirmou que há sinais de maior abertura por parte de autoridades americanas e que empresários relatam um clima mais receptivo para negociações.


“Estamos percebendo maior sensibilidade de algumas autoridades dos EUA, que podem estar dispostas a conversar. Não sei se haverá tempo até o dia 1º, mas essa data não é definitiva. Pode ser ajustada, e podemos sentar para negociar rapidamente”, explicou Haddad. Ele enfatizou que o foco do governo é obter respostas às duas cartas enviadas aos EUA desde maio, para esclarecer os pontos em jogo.


Haddad também expressou confiança no plano de contingência elaborado pelo Brasil para minimizar os impactos das tarifas. Segundo ele, o presidente Lula está sereno e não vê motivo para animosidade, considerando a relação histórica entre os dois países. “Lula acredita que não faz sentido esse clima de confronto. Temos presidentes eleitos em ambos os lados, e a solução é dialogar”, afirmou o ministro. O plano brasileiro inclui medidas similares às adotadas na pandemia para proteger empregos, mas a decisão sobre a implementação caberá a Lula.


Sobre um possível contato direto entre Lula e Trump, Haddad destacou que os canais diplomáticos estão abertos, mas que conversas entre chefes de Estado exigem protocolo. Ele criticou a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-a como subserviente. “O Brasil merece respeito à sua soberania. Não é arrogância, é defender os valores do nosso povo com humildade à mesa de negociações”, concluiu.



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